E agora? Meus pastores se divorciaram...

Lembre-se que a Bíblia usa a família para validar o ministério e não o contrário. Seus pastores precisam de ajuda, e não de uma nova igreja

Fonte: guiame.com.brAtualizado: sexta-feira, 11 de julho de 2014 às 14:00
divórcio
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divórcioOlhando o seu blog vi que o irmão comenta sobre vários assuntos e estou com uma grande dúvida? Meu pastores se divorciaram e cada um abriu uma igreja, estou na igreja da pastora hoje, mas gostaria de saber, independente das razões se isso está certo aos olhos de Deus? Pastores podem se divorciar e continuarem no ministério?
Caio XXXXXXX - Sorocaba/SP
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Alguns pastores defendem que o divórcio é permitido pela Bíblia sob dois contextos: adultério do cônjuge ou abandono. Eu concordo que adultério e abandono são as razões mais óbvias para o divórcio. Entretanto, honestamente, nos dias de hoje, precisamos rever algumas questões.

Precisamos lembrar que Jesus é muito duro em relação ao divórcio, pois os homens escolhiam conforme a conveniência a mulher que desejavam ou que os interessava por alguma razão, e sem nenhum amor, mas apenas baseados em interesses e negócios; e quando já não desejavam a esposa, apenas “repudiavam” a mulher. Cansando-se da mulher, sendo o homem um religioso, de preferência um fariseu, ele apenas a “repudiava” e a largava sem pai, sem mãe, especialmente naqueles dias, quando o amparo à mulher inexistia, pois o machismo era implacável. Desse modo, a “repudiada” se tornava inadequada, um ser imundo. Além disso tal fato fazia ainda com que aquele que com a “repudiada” viesse a casar-se, fosse também visto como um alguém em estado de adultério.

É por isso que naquele contexto, cada homem que “repudiava” a sua mulher, a “expunha a tornar-se adúltera”. Portanto, o que Jesus faz é dar um grito de proteção ao desamparo ao qual a mulher era submetida pelo marido cheio de machismo banal e caprichos; os quais (os maridos), muitas vezes, trocavam de mulher alegando qualquer coisa, como “comida ruim” por exemplo. Na verdade Jesus moralizou a questão do divórcio estabelecendo parâmetros, não limites.

Penso que seus pastores devem ser tratados com respeito e compaixão, não com legalismo e impiedade. Afinal, ninguém casa querendo acabar o casamento. E mais: Jesus não deu esse papel interventor à “igreja”, nem aos crentes. Ele mesmo nunca se meteu em nada do gênero. Porém acredito que uma pessoa divorciada é uma pessoa fragilizada, e que, se neste caso fez do seu casamento uma performance e não um relacionamento, com certeza, tratará da mesma maneira o ministério. Lembre-se que a Bíblia usa a família para validar o ministério e não o contrário. Seus pastores precisam de ajuda, e não de uma nova igreja.

Pelo seu comentário não posso saber se há uma competição entre eles, ou se há amargura, que é o demônio psicológico que mais conhece o caminho do coração, especialmente nos relacionamentos conjugais. Mas uma coisa tenho certeza, você está no meio de um fogo cruzado. Não falo do ministério ou das igrejas, mas dos corações destes dois pastores. Que Deus os ajude a encontrar um caminho de cura e quem sabe de reconciliação, e que eles aprendam novamente a serem ovelhas do Bom Pastor, visto que não conseguem pastorearem a si mesmos. Quanto à você querido irmão, ore por eles, por você e pela sua igreja. Que o Nosso Senhor Jesus os guia por pastos verdejantes e águas mais tranquilas num futuro próximo.

Abraços sinceros.


- Bruno dos Santos

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