Liberdade, igualdade e fraternidade - A Revolução Francesa e o Evangelho

O evangelho é único, singular e incomparável. Ele vai muito além dos ideais da Revolução francesa. É mais profundo, mais abrangente e é transcendente

Fonte: Guiame, Gilberto CoelhoAtualizado: terça-feira, 13 de janeiro de 2015 às 10:58
Revolução Francesa
Revolução Francesa

Revolução FrancesaA Revolução Francesa (1789 ), caracterizada por três substantivos abstratos, acima, e que definiu o ideal de vida coletivo para aquela sociedade, nos remete aos princípios do evangelho pregado por Jesus Cristo há dois mil anos.

Por oportuno, convém lembrar que a liberdade é um direito inalienável de todo ser humano, posto que Deus, o criador, dotou-o do “livre-arbítrio” para tomar decisões e fazer escolhas pessoais em todas as áreas da vida.

Biblicamente, somos informados de que o diabo, inimigo de Deus, desenvolveu ações sobrenaturais, valendo-se de mecanismos, como; manipulação, opressão, dentre outros, tornando milhares de seres humanos, verdadeiros agentes a seu serviço, visando subjugar o ser humano “livre”, criado por Deus.

Naturalmente, essa liberdade não é absoluta, mas relativa, posto que, em sociedade, o ser humano deve exercê-la no limite em que as leis e as regras sociais permitem. E nesse ponto, há sociedades avançadas, livres, abertas e democráticas, enquanto outras permaneceram estagnadas, fechadas, opressivas e retrógradas.

Sem querer entrar no mérito antropológico ou sociológico, o que quero ressaltar é a liberdade dada pelo próprio criador a cada ser humano, para exercer sua fé. Jesus Cristo, em sua missão evangelística nunca cerceou a sua liberdade de escolha, nesse sentido. Sempre apelou para a voluntariedade das pessoas. Vejam alguns exemplos: “Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me” (Mt.16.24). “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom” (Mt.6.24). “E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba” (Jo.7.37).

Jesus, sempre procurou levar o ser humano a refletir e apelava à sua consciência. Lavagem cerebral, mordaça, opressão e imposição de fé à força, nunca fez parte de sua evangelização. A beleza do evangelho está no amor e na graça de Deus. Valores que vão além da imaginação humana. Uma mensagem que vai além do alcance da razão e cuja profundidade pode ser vislumbrada através das seguintes palavras: “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus” (Mt.5.44).

Por isso que o evangelho é único, singular e incomparável. Ele vai muito além dos ideais da Revolução francesa. É mais profundo, mais abrangente e é transcendente.

Exerça a sua fé cristã, de forma livre e espontânea. Proclame-a com amor, perseverança e persuasão do Espirito Santo. Por outro lado, respeite a toda e qualquer pessoa que tenha uma fé diferente da sua. Rejeite, de forma pacífica, toda manifestação de fé radical, impositiva, opressiva, irracional, odiosa, seletiva, centrada na cegueira e no fanatismo.

“Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.21).

O bem, sempre vencerá o mal! Amém!

 

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