Tesouro em vaso de barro

Tesouro em vaso de barro

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:02
vaso de barroTemos, porém, este tesouro em vasos de barro para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós ( II Co 4.7 ).
 
Quando olhamos para um vaso de flores, o que mais nos chama a atenção? O vaso ou o seu conteúdo? Tenho convicção formada de que, invariavelmente, o que nos chama a atenção é o conteúdo do vaso. Por conseguinte, este fica em segundo plano.
 
No texto em referência, Paulo se utiliza dessa linguagem figurada ( vasos de barro ), para referir-se a cada um de nós, enquanto despenseiros da multiforme graça de Deus (I Pd 4.10), e ( tesouro ) para referir-se às dádivas de Deus, dadas aos homens para a salvação e para a edificação na fé em Jesus, através do ministério.
 
Embora cada um de nós, salvo por Jesus, seja um vaso de barro, aprouve a Deus, por pura graça e misericórdia, encher este vaso com um tesouro de inigualável valor.
 
O vaso de barro remete à ideia de valor insignificante, cujo material é facilmente encontrado na natureza, à disposição de quem o desejar. Já o tesouro remete à ideia de metal nobre de precioso valor. A rigor, ninguém guarda um tesouro em vaso de barro. Ao contrário, procura um lugar seguro, de difícil acesso, para preservá-lo.
 
Deus age de forma diferente quanto às riquezas espirituais, depositando-as em vasos de barro. E por maior “riqueza espiritual” que ele deposita num vaso “servo ou serva”, este(a) continuará sendo vaso de barro. Deus não muda a natureza desse vaso. É o conteúdo que valoriza o vaso e não o contrário, portanto, é o conteúdo que deve chamar a atenção por sua beleza e valor.
 
Paulo, tinha isso muito claro em seu ministério. São dele as seguintes palavras: Mas pela graça de Deus sou o que sou, e a sua graça para comigo não foi vã. Antes trabalhei muito mais do que todos: todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo (I Co 15.10).
 
Infelizmente, nem sempre é o que se vê nas igrejas do nosso tempo, a começar por alguns ministros, cantores, etc., que, ao invés de chamarem a atenção para a pessoa de Jesus, representado pelo tesouro contido no vaso, chamam a atenção para si próprios, representados nos vasos de barro.
 
Na perspectiva do evangelho, o vaso de barro ganha um valor extraordinário por causa do tesouro nele depositado. Sem essa dádiva, ele não passa de um vaso de barro sem valor algum.
 
Por que razão, Paulo, lançou mão dessa comparação? - Ele mesmo responde: ...para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.
 
Nunca esqueça de que você não passa de um vaso de barro, portanto, frágil, quebrável e sujeito a se desintegrar. Mas, não se menospreza, pois você carrega um tesouro de incalculável valor. Que continuemos atraindo as pessoas para Jesus. É necessário que ele cresça e que eu diminua (Jo 3.30). Pois Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade (Fp 2.13). Glórias a ele, sempre! Amém.
 
 
- Gilberto F. Coelho
 

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