O Shemitá e o setembro negro

O final de cada Shemitah, no mês de Elul (calendário judaico) é marcado por grandes acontecimentos.

Fonte: Guiame, Joel EngelAtualizado: segunda-feira, 14 de setembro de 2015 às 21:18

Conhecendo e observando a história podemos concluir que o julgamento de Deus se intensifica nos fins de Shemitá. Ao final de cada sete anos, em Elul 29 – o direito dia antes de Rosh Hashanah no calendário Bíblico - o mundo sofre as consequências de seus pecados e delitos e assim, ocorre o julgamento. Muitos estudiosos já chamaram este momento de setembro negro, devido aos acontecimentos do passado.

Em 17 de setembro de 2001, no último dia do ano Shemitá (Elul 29, no calendário judaico) ocorreu o maior crash da bolsa na história dos EUA até aquele momento. Dow Jones despencou assustadoramente 684 pontos, mexendo com a economia mundial.

Sete anos depois, ao final do próximo ano Shemitá, outro crash ainda pior acometeu a bolsa de valores americana. Em 29 de setembro de 2008 (Elul 29 no calendário judaico), Dow caiu 777 pontos, até hoje o maior acidente de todos os tempos no mercado de ações. Essa sequência de fatos, ocorrendo com intervalos de tempos iguais de sete anos fez com que as pessoas se atentassem mais para o ano do Shemitá. O assunto vem sendo discutido não como uma ‘coincidência’, mas como um julgamento divino, de fato.

O que ocorre é que o Elul 29 do calendário judeu é exatamente o dia em que a Bíblia chama para uma liberação de dívidas e esse dia se aproxima mais uma vez. Será em 13 de setembro de 2015, um domingo já temido por estudiosos e pesquisadores que reconhecem esses fenômenos trágicos da economia mundial nos finais dos anos sabáticos. Um desses estudiosos se chama Jonathan Cahn. Ele acredita que por pior que a situação esteja, um grau maior está reservado para o final do Shemitá.

As preocupações se intensificam pelo fato de a data coincidir com um eclipse solar. Isso também aconteceu por apenas duas vezes em fins de Shemitá, em 1931 e 1987. De acordo com Cahn, esses eclipses solares prenunciam grandes catástrofes financeiras. Foi o que aconteceu em 12 de setembro de 1931 e em 23 de setembro de 1987 - dois finais de Shemitá, acompanhados de eclipse. Em apenas uma semana após a primeira data, a Inglaterra sofreu uma decadência inesperada, onde bancos faliram ao redor do mundo. Na outra data, em menos de trinta dias, veio o "Black Monday", a maior queda percentual na história de Wall Street.

Então, o que devemos fazer para não sofrer com as consequências que essas catástrofes trazem para todo o mundo? Se o povo perece por falta de conhecimento, como está escrito em Oseias 4:6, é preciso anunciar essas informações para que todos possam se arrepender de seus pecados e buscar a face do Senhor, pedindo-lhe perdão e misericórdia. Que sejamos purificados e não achados em falta diante da balança divina.

Hoje (12/09/15) estou em Israel e observo os judeus se preparando para o feriado da virada do Ano. Muita oração e contrição para serem absolvidos e abençoados nestes dias.

Neste sábado à noite, começa uma série de Selichot (súplicas), recitada em "Dias de reverência" de Rosh Hashaná e Yom Kipur, segundo o costume ashkenazita. A comunidade sefardita começa logo primeiro dia de Elul. Nos dias subseqüentes, o costume é recitar as súplicas nas primeiras horas da manhã, antes das preces matinais.

Shofar
O shofar não é tocado no dia anterior ao Rosh Hashana para separar entre os toques de shofar do mês de Elul (que são costume), e os toques de Rosh Hashaná, que são uma mitsvá biblicamente ordenado.

 

(Reflexão

Esta é uma época de introspecção e inventário, um tempo para rever as próprias ações e o progresso espiritual no ano que passou, e de preparar-se para os "Dias de Reverência" de Rosh Hashaná e Yom Kipur.

Sendo o mês do Perdão e da Misericórdia Divina, este é um tempo oportuno para retornar a Deus, prece e caridade na busca pelo auto-refinamento e para se aproximar mais do Criador. O mestre chassídico Rabi Shneur Zalman de Liadi compara Elul a um tempo em que "o rei está no campo" e, em contraste com o tempo em que ele está no palácio real, "todos que assim quiserem podem conhecê-lo, e ele recebe a todos com um semblante amigável e mostra a todos uma face sorridente".

Os costumes específicos de Elul incluem o toque diário do shofar (chifre de carneiro) como um chamado ao arrependimento. O Báal Shem Tov instituiu o costume de recitar três capítulos adicionais de Tehilim a cada dia, desde o 1º de Elul até o Yom Kipur (quando os restantes 36 capítulos são recitados, completando assim o livro inteiro de Tehilim).

Hoje o mundo todo está acompanhando com expectativa o que vai acontecer neste setembro negro, porém os Judeus buscam a Deus e com seus costumes religiosos, esperam um novo Ano cheio de bençãos.

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