Trabalho em equipe

Percorrendo toda a Bíblia, raramente vemos alguém atuando sozinho, mas através de um grupo.

Fonte: Guiame, Magali e Sergio LeotoAtualizado: quarta-feira, 21 de agosto de 2019 às 16:06
(Foto: Reprodução/IBC)
(Foto: Reprodução/IBC)

O trabalho em equipe foi sugerido por Jetro a Moisés, depois de observar o árduo trabalho que este tinha, ao julgar milhares de pessoas diariamente (Ex 18:13-27). Mas a divisão de funções e o trabalho em grupo, não se dá apenas no Velho Testamento.

A história do Novo Testamento e da Igreja Primitiva, foi escrita dentro do contexto de “comunidade” (a palavra grega koinonia, que hoje é popularmente usada com o significado de “pequeno grupo de comunhão”, também tem este sentido).

Percorrendo toda a Bíblia, raramente vemos alguém atuando sozinho, mas através de um grupo. Neste grupo existem líderes e liderados, mas também padrões, normas e disciplina tanto para uns como para outros. Alguns exemplos: Jesus e os discípulos; o grupo de 120 em Pentecostes; as viagens missionárias de Paulo sempre tinham seu grupo de apoio.

Vantagens do trabalho em equipe

a) Multidão de Conselheiros (Pv 11:14; 15:22; 24:6). As decisões tomadas em equipe, têm maiores chances de serem acertadas.

b) Multiplicação de Dons Espirituais (1Cor 12:12). Com a expressão dos dons de cada um, a equipe utilizará pessoas certas em lugares certos, a fim de atingirem seus objetivos.

c) Divisão do Trabalho (1Cor 12:25). Não podemos deixar as pressões e tensões, apenas em cima de algumas pessoas. Devemos dividir os fardos, para não sobrecarregar alguns.

d) Prestação de Contas. No trabalho em equipe, cada elemento deve prestar contas do que está designado a fazer. Sua liberdade de ação é dosada pelos limites e disciplinas exigidas pela equipe. Todos devem submeter-se à avaliação.

Princípios básicos para o trabalho em equipe

Darci Dusilek, ex-diretor da Visão Mundial no Brasil, alistou os princípios abaixo, registrados em “Liderança Cristã” (pág.166, JUERP)

a) Precisamos de visões ou perspectivas diferentes a respeito do mesmo problema:

A realidade de cada problema é complexa. Torna-se difícil a uma pessoa abrangê-la em sua totalidade. Cada pessoa tem sua ótica do todo, e quando o grupo consegue dar espaço para cada um expressar sua visão, as questões se aclaram com mais facilidade.

b) Precisamos manter uma atitude receptiva para com as ideias novas e opinião divergente:

Com frequência a opinião divergente nos colocar frente a uma nova descoberta em relação a nós, aos outros, aos métodos, aos conceitos, ao mundo e a Deus. Isso tudo pode nos perturbar pela falta de base emocional e espiritual; por isso evitamos ou rechaçamos qualquer ideia que nos desestruture.

c) Precisamos aprender a discordar das ideias, sem rejeitar a pessoa que a formulou:

As relações pessoais devem ser mantidas em nível profundo, independente de concordarmos ou não com as ideias da pessoa. Uma atitude comum em nosso meio é marginalizar a pessoa, porque não concordamos com o que ela pensa e diz.

d) Precisamos aprender o caráter provisório de nossas opiniões e formulações:

Por mais completas e perfeitas que elas possam parecer, são provisórias. Não há nada que o homem faça que seja perfeito. Tudo é passível de aperfeiçoamento. Isto dá à nossa vida um sentido de aventura, de busca, de dinamismo. O contrário é o “status quo” e a estagnação.

e) Precisamos ser humildes e dar o primeiro passo para a reconciliação com o nosso irmão:

Em Pv 3:7 lemos: “Não sejais sábios aos teus próprios olhos”. Há um ditado popular que afirma: “Orgulho não é grandeza, mas inchação. E o que está inchado pode parecer grandeza, mas não está são”. A humildade é a virtude cristã que, uma vez assumida, pode modificar radicalmente as relações interpessoais, no sentido de propiciar a atitude básica que nos manterá de espírito aberto e perdoador para com o nosso irmão.

f) Precisamos reconhecer o valor dos outros:

No trabalho social, no ministério pastoral, na liderança de equipes, há sempre a tentação de acharmos que nós temos as soluções. No entanto, quando paramos para ouvir os integrantes do grupo, por simples que pareçam descobrimos lições preciosas, que enriquecem o grupo.

g) Precisamos desenvolver o sentido de trabalho cooperativo de equipes:

Somos partes de um corpo. Somos interdependentes. O que cada um faz afeta a todos. A visão cooperativa evita o isolamento e fortalece a união de grupo. O líder cristão precisa desenvolver, no seu grupo, esse espírito de equipe, para o fortalecimento da personalidade individual de cada participante.

Por Sergio Leoto (pastor) e Magali Leoto (psicóloga) escritores, palestrantes e trabalham junto às famílias, através do ministério “Fortalecendo a Família”, desde 1990.

* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

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