Da Igreja primitiva à Idade Média, da Idade Média à Reforma, e da Reforma ao Neopentecostalismo

Talvez uma nova reforma aconteça, mais popular, menos acadêmica, mas com muito amor a Jesus

Fonte: Guiame, Ubirajara CrespoAtualizado: segunda-feira, 11 de maio de 2015 às 11:58
Bíblia
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Cl 1.26. "o mistério que esteve oculto dos séculos, e das gerações; mas agora foi manifesto aos seus santos, a quem Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, a esperança da glória" .

Me parece que, a Igreja Primitiva via as Escrituras como um guia capaz de levá-la a conhecer a Cristo. Este conhecimento era o seu alvo maior, sendo o Antigo Testamento, o mapa para se achegar a Jesus.

O Novo Testamento ainda estava em formação e mais tarde se tornou o seu guia para a leitura do Antigo. Enquanto isso, era interpretado pelo grupo apostólico, os únicos que ouviram diretamente de Jesus aquilo que passaram adiante.

Durante a Idade média, o centro gravitacional mudou, pois a Igreja passou a ocupar esta posição, chegando, mesmo a ser considerada como o guia máximo para quem desejava se encontrar com Deus.

A doutrina era formulada pela Igreja, e nem tanto pela Bíblia, que passou ser usada para justificar as instruções e regras da Instituição. A Igreja atingiu o ápice da carreira institucional ao se tornar a única autoridade capaz de representar a Cristo.

Naquele momento a fé deixou de ser uma iniciativa pessoal e passou a ser corporativa. Quem era fiel à Igreja, era fiel a Cristo. A Igreja era o clero e, dentre ele, alguns foram canonizados por causa da sua extrema dedicação à ela.

A reforma propôs uma mudança de foco, devolvendo as Escrituras a posição de nosso condutor. O que pelo menos consta do currículo da maioria das Igrejas Reformadas.

O advento do neopentecostalismo foi um retrocesso nesta caminhada. Na prática, ocorreu uma forte centralização baseada na ênfase em uma neo apostolicidade. Homens que decidem usar o título de apóstolo ou não, mas detêm as rédeas da Igreja em suas mãos, buscando nas leis deutoronomicas a base para a sucessão parental ou relacional do seu sacerdócio.

Talvez uma nova reforma aconteça, mais popular, menos acadêmica, mas com muito amor a Jesus. Talvez uma intervenção cristológica, que servirá de preparação para a última rodada para a História da cristandade.

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