Nas altas camadas governamentais rola um processo de estrangulamento da família. Nosso dever é denunciar, combater e estancar esta ação maligna.
Algumas escolas aboliram a comemoração do dia dos pais e das mães e a substituíram pelo "dia daqueles que cuidam de mim".
Na minha casa ainda mora uma família. No dia dos pais ganho beijos, abraços, presentes e derramo lágrimas de felicidade. Isto ocorre a quase 40 anos. Lembro-me como se fosse ontem o tão aguardado primeiro dia dos pais.
Estas pessoas não sabem o significado da palavra Pai ou mãe, não tiveram pais que sabiam ser pais. Se tivessem não tentariam destruir o conceito e impedir que outras crianças perdessem esta experiência.
Um de meus filhos, assentado ao meu colo disse, quase chorando:
— pai, eu não quero crescer.
— por que, filho?
— eu não posso perder este colinho tão gostoso.
Perdi o fôlego, tentei congelar a cena, eternizar o tempo, sei lá. Só sei que emudeci por um longo minuto sem voz e os olhos marejados.
De vez em quando ligo a máquina do tempo e fico entorpecido, quase bêbado, parado, saudoso e lacrimejando .....
Infelizmente aconteceu, já tentei segurá-los no meu colo, mas já não dá mais. Felizmente a felicidade se renova com os netos.
O que farão conosco, os avós?
Espero que não nos tirem esta felicidade. Se fizerem isto, pode me levar, Jesus, me tira daqui. Não me deixe ver mais esta.
- Ubirajara Crespo
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