O divórcio do jeito dos fariseus ou do jeito de Jesus?
O divórcio foi interpretado por Cristo, como um recurso usado erroneamente. Este mesmo tipo de erro é legalmente permitido no Brasil.
Dt 24.1. Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, se ela não achar graça aos seus olhos, por haver ele encontrado nela coisa vergonhosa, far-lhe-á uma carta de divórcio e lha dará na mão, e a despedirá de sua casa.
Corações duros interpretavam até o arroz queimado como algo vergonhoso e alegavam isto como motivo para o divórcio.
Jesus nos ensinou que o comportamento vergonhoso é a relação sexual ilícita (porneia, no grego).
Naquela época, o divórcio era extremamente humilhante, fosse-qual-fosse o motivo. Ninguém tem o direito de tratar alguém desta forma.
Mateus: 5. 31. Também foi dito: Quem repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz adúltera; e quem casar com a repudiada, comete adultério.
A repudiada é a pessoa que foi dispensada da relação, mesmo sem ter adulterado. Neste caso, a carta de divórcio não foi dada legitimamente, e o repudiado por motivos tolos, não deve pagar pela insanidade de seu par.
Segundo Jesus, ao dar a carta do divórcio, você estará comparando seu cônjuge ao adúltero(a).
O documento de divórcio deve constar o motivo da separação, o que dá ao repudiado a libertação da opressão de um casamenteiro mal feito.
Algumas instruções extras:
Textos tirados de 1 Coríntios 7.
1. Como deve ficar aquele que repudiou o cônjuge por motivo banal?
"se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher (v. 11).
-Note que este é quem recebe a punição maior.
2. O que fazer com o que foi rejeitado por outro motivo, que não seja o adultério?
“Mas, se o incrédulo se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou a irmã, não está sujeito à servidão; pois Deus nos chamou em paz (v.15).
-Devemos considera-lo como se estivesse solteiro (livre)
Somente ande cada um como o Senhor lhe repartiu, cada um como Deus o chamou. E é isso o que ordeno em todas as igrejas. Foi chamado alguém, estando circuncidado? permaneça assim (v. 17,18)
3. O que fazer com aquele que chegou na Igreja divorciado e no seguindo casamento?
Irmãos, cada um fique diante de Deus no estado em que foi chamado (v. 24).
-Entendo que, esta declaração dá aquele que ao se converter, estava casado com uma segunda mulher, o direito de continua com ela.
4. Como tratar aquela, cujo marido é o adultério?
“A mulher está ligada enquanto o marido vive; mas se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor".
-Pode haver aqui, a recomendação de a tratar como uma viúva.
-No Antigo Testamento, o adúltero recebida a sentença de morte e seu cônjuge enviuvava, automaticamente.
Levítico: 20.10. O homem que adulterar com a mulher de outro, sim, aquele que adulterar com a mulher do seu próximo, certamente será morto, tanto o adúltero, como a adúltera.
Creio que em qualquer circunstância o divórcio pode ser a primeira escolha.
- Antes dele vem o trauma do perdão.
- O processo de reformulação do casamento.
- A preocupação com os filhos.
- A busca pelo milagre da reconciliação.
- Participação em encontros de casais.
- A readaptação.
- O estudo da Palavra.
- O conselheiro.
Estas são apenas algumas sugestões.
Nosso ensino a respeito do divórcio deve ser protegido de nossa tendência de adaptá-lo às necessidades humanas.
A nossa tendência é arrumar justificativas para a separação, mesmo sabendo que o casamento foi inventado por Deus e que ao tentar desfazê-lo estamos dizendo que temos uma opção melhor do que a de Deus.
Não podemos tratar o casamento levianamente. Manter uma palavra dada é mais importante do que o nosso bem estar pessoal e tem prioridade sobre nossas conveniências.
Na maioria das vezes alguns ajustes no nosso lidar diário, pode colocar as coisas no lugar.
- Ubirajara Crespo