Precisamos eleger representantes que combatam a erotização infantil, diz Marisa Lobo

Em entrevista exclusiva ao Guiame, a psicóloga falou sobre o combate à ideologia de gênero, erotização infantil e pedofilia.

Fonte: Guiame, por João NetoAtualizado: terça-feira, 2 de outubro de 2018 às 14:51
Marisa Lobo é psicóloga, especialista em direitos humanos e candidata a deputada federal (Avante) pelo estado do Paraná. (Foto: Divulgação)
Marisa Lobo é psicóloga, especialista em direitos humanos e candidata a deputada federal (Avante) pelo estado do Paraná. (Foto: Divulgação)

"Nossas crianças estão sendo expostas diariamente a conteúdos pornográficos através da TV, das rádios, internet e ultimamente até na sala de aula". O alerta sobre a grave situação que se tornou a erotização infantil está sendo dado pela psicóloga e especialista em direitos humanos, Marisa Lobo, que há anos luta contra este mal e milita em favor da Família e da vida.

Em entrevista exclusiva ao Guiame, a também candidata a deputada federal (Avante) nestas eleições pelo estado do Paraná falou sobre algumas das áreas nas quais vem se posicionando enfaticamente, como também a ideologia de gênero e a legalização das drogas, já bem antes de sua campanha eleitoral, e ressaltou a importância do voto consciente no dia 07 de outubro.

Confira a entrevista na íntegra logo abaixo:

Portal Guiame: Há quem diga que a ideologia de gênero é apenas algo que está na "imaginação dos conservadores" ou uma "teoria da conspiração", porém as suas pesquisas — e de outros conceituados estudiosos, brasileiros e estrangeiros — são mais alarmantes sobre isso. Em sua opinião, qual a importância das famílias estarem atentas sobre este perigo?

Marisa Lobo: A ideologia de gênero é uma realidade gritante e não uma fantasia. O que alguns críticos não entendem é que ela não é a doutrina de um autor. Ninguém reivindicou a posse conceitual do termo “ideologia de gênero”. O que houve foi a construção de narrativas ao longo dos últimos 70 anos, partindo de autores como Simone de Beauvoir, Michel Foucault, Abel Jeanniere, Shulamith Firestone, Judith Butler, entre vários outros, que juntos formaram um corpo de ideias que desprezam o papel do sexo biológico na orientação da sexualidade humana e da própria identidade de gênero. Por essas ideias serem ilógicas e sem fundamentação científica, as chamamos de ideologia, porque ela ignora a realidade e busca fazer isso muitas vezes através da imposição. E como bem observado, essa constatação não é apenas minha, mas de vários especialistas renomados no mundo inteiro.

A família deve ficar atenta e combater essa aberração ideológica porque a ideologia de gênero afeta a essência da identidade humana, que é o reconhecimento da sua identidade sexual biológica e tudo o que está atrelado a ela, como às diferenças sexuais entre homens e mulheres, por exemplo. A criança que cresce pensando que pode ser “qualquer coisa”, certamente vai desenvolver transtornos da identidade de gênero, atualmente chamado disforia de gênero no meio psiquiátrico. As famílias também devem entender que a ideologia de gênero prega a desconstrução da própria família, porque se não há diferenças sexuais, então os papéis de “mãe” e “pai” se tornam descartáveis. Isso contraria frontalmente o que a doutrina cristã ensina, e também o que a própria natureza nos ensina.

Guiame: Você tem um histórico de lutas e conquistas contra os Conselhos Regional e Federal de Psicologia por ter se recusado a esconder a sua fé no meio profissional. Olhando para estes fatos, que tipo de experiência e aprendizado você tirou desses momentos?

Marisa Lobo: Apenas me fortaleci, emocional e espiritualmente, porque vi confirmado através da minha vida o quanto Deus é fiel e o quanto nós, cristãos, somos realmente perseguidos quando decidimos expor nossos valores e convicções. Está ocorrendo isso agora no Brasil, quando muitos cristãos estão decidindo manifestar suas posições políticas contrárias às ideologias de esquerda. Mas aprendi também que nenhuma ameaça contra nós prospera quando é fruto de injustiça. Em todos os processos que enfrentei, venci todos, mesmo recorrendo, porque a verdade estava e continua do meu lado.

Guiame: O seu combate à pedofilia também não é algo recente, porém o tema vem ganhando mais visibilidade nos últimos tempos. Como você acredita que este mal pode ser neutralizado de forma eficiente na sociedade?

Marisa Lobo: É possível falar de neutralização na esfera política. Isso é possível elegendo representantes que combatam a erotização infantil, defendam os valores da família e a educação moral dos pais. A pedofilia é também uma consequência da erotização precoce. Nossas crianças estão sendo expostas diariamente a conteúdos pornográficos através da TV, das rádios, internet e ultimamente até na sala de aula, porque assim elas se tornam mais facilmente manipuladas pelos abusadores.

Por meio de bons representantes podemos criar medidas que impeçam essa apologia sexual nas escolas e nas mídias, por exemplo, apoiando projetos como o Escola Sem Partido. Ao mesmo tempo, pensar em leis mais rígidas para punir os pedófilos, tratando eles como criminosos da pior estirpe, e não como doentes mentais, como querem tratar os ativistas sexuais. Pedofilia não é doença! Pedofilia é crime e o pedófilo é alguém moralmente pervertido, que deve ser julgado a luz do Código Penal.

Guiame: Você sempre se colocou claramente contra a legalização das drogas ilícitas. Quais são os seus planos para continuar a lutar contra projetos de lei que visem tal legalização?

Marisa Lobo: Mostrar a realidade das drogas no âmbito psicológico, físico, cultural e social. Quem luta pela descriminalização ou legalização das drogas dificilmente é um pai ou mãe de família presente em sua casa, afetivamente com seus filhos. São pessoas descompromissadas com a verdade dos fatos, porque se fossem, bastaria entrar em uma comunidade terapêutica, ir à Cracolândia ou em qualquer outro lugar de tratamento da dependência química, que veriam praticamente todos os usuários relatando como drogas como o álcool e a maconha foram portas de entradas para a dependência.

Com o apoio das pessoas e principalmente das igrejas, pretendo continuar mostrando como a droga destrói sonhos, famílias, relacionamentos, a mente e o corpo dos usuários, gradualmente, até levá-los à morte. Essa é uma constatação empírica, pois há dados que comprovam isso. Descriminalizar o uso pessoal da droga é favorecer a destruição humana e jogar na conta de toda a população os prejuízos que isso vai acarretar na esfera pública.

O que precisamos fazer, em vez de legalizar as drogas, é investir nas famílias, na valorização da boa cultura, na criação de oportunidades de educação e emprego para pessoas em situação de vulnerabilidade, lutar contra a cúpula do tráfico e ampliar a rede de atendimento alternativo, como as comunidades terapêuticas de confissão religiosa, por exemplo. A fé em Deus tem comprovado ser o principal meio de libertação da dependência química, isto também é científico, e no que depender de mim, vou lutar para que todos saibam dessa verdade.

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