"O casamento gay é devastador para as crianças", diz militante pró-Família dos EUA

Tony Perkins criticou os discursos contraditórios do presidente Obama, que uma vez reconheceu a relevância da paternidade na vida das crianças e depois se mostra a favor do casamento gay, afirmando que um casal homossexual "pode criar uma criança tão bem quanto um pai e uma mãe juntos".

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: terça-feira, 12 de janeiro de 2016 às 14:44


Líder do Conselho de Pesquisa da Família nos EUA, Tony Perkins. (Foto: Christian Post)

Em seu Discurso do Estado da Família para 2016, o presidente do Conselho de Pesquisa da Família, Tony Perkins defendeu que os esforços do presidente Obama no fortalecimento das famílias americanas "desapareceram completamente".

Perkins, um líder ativista social conservador, criticou o presidente no dia anterior ao seu último Discurso do Estado da União por causa das políticas que têm impactado negativamente a definição tradicional de famílias e classificou a decisão da Suprema Corte de junho do ano passado (2015) - que legalizou o casamento homossexual - como algo devastador para as crianças.

"Nossa cegueira diante da realidade da desintegração da família e da demissão do papel das nossas igrejas também deve acabar", afirmou Perkins em seu discurso anual. "A promessa de grandes esforços nos últimos sete anos para restaurar a paternidade e restabelecer a vida familiar nas nossas comunidades mais pobres desapareceu completamente. Em vez disso, há confusão. As políticas nacionais têm semeado sobre a própria definição de Família".

Perkins continuou sustentando que a defesa da administração de Obama para a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo contrariou sua promoção da paternidade responsável, através da criação do Gabinete de Parcerias Baseadas na Fé e na vizinhança.

"O presidente Obama exaltou as virtudes da paternidade, e ao mesmo tempo, lutou pela legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, em essência, dizendo as mesmas duas pessoas do mesmo sexo podem cuidar de uma criança tão bem, quanto uma mãe e um pai juntos", afirmou Perkins. "Isto é contraditório. É mais do que decepcionante. Para as crianças em todo o país é algo devastador. Isto reduz mães e pais a 'cuidadores' sem gênero definido".

"Nossas crianças merecem algo melhor que isso. Elas merecem uma mãe e um pai. E nós pagamos um preço alto por esta campanha ideológica incoerente, pelos estragos em nossas casas e sangue em nossas ruas", acrescentou Perkins. "É por isso que temos de reforçar o poder dos pais americanos. As decisões de nossos tribunais sobre a contracepção para menores de idade, a demanda sobre abortos e a redefinição do casamento têm enfraquecido gravemente a família".

Perkins também pediu que a liberdade religiosa seja restaurada para os empresários e funcionários do governo que desejam agir de acordo com suas crenças religiosas.

Muitos cidadãos nos Estados Unidos sentem que estão tendo sua fé violada por serem obrigados a contribuir com casamentos homossexuais. Exemplo disto é um casal cristão do estado de Oregon, que era dono de uma padaria e uma florista cristã em Washington. Ambos se recusaram a prestar os seus serviços para casamentos entre pessoas do mesmo sexo e foram multados em centenas de milhares de dólares por seus respectivos governos estaduais por terem seguido suas convicções religiosas.

Pelo mesma motivação, a tabeliã de Kentucky, Kim Davis chegou a ser presa em 2015, quando ela se recusou a emitir licenças para casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Ela tomou tal decisão, porque não quis que seu nome aparecesse em um certificado que autorizava um casamento que ela acreditava que ia contra a definição da união matrimonial feita por Deus.

Como uma de suas propostas para restaurar a liberdade religiosa para os americanos, Perkins salientou a importância de aprovar a Lei de Defesa da Primeira Emenda, que poderia fornecer acomodações de liberdade religiosa contra as leis de discriminação para as empresas e instituições que agem de acordo com suas crenças religiosas.

"A liberdade religiosa, tanto em casa como no exterior, também devem estar no centro do palco. A Lei de Defesa da Primeira Emenda é um primeiro passo vital", disse Perkins. "Esta medida não deveria ser necessária em uma nação governada por princípios constitucionais. Mas esses princípios têm sido severamente enfraquecidos e o Congresso tem a responsabilidade de tornar o significado da Primeira Emenda simples e potente de novo".

Perkins também criticou os liberais que rotulam aqueles que agem de acordo com suas crenças como "fanáticos", "disseminadores do ódio" e "extremistas", afirmando que estes rótulos são apenas uma tentativa de silenciar todos os que se opõem à sua agenda.

"Mas devemos ter coração, mesmo com isso. Os nossos adversários procuram limitar nossa liberdade de expressão, porque temem o poder que isto tem", disse. "Eles procuram coibir a expressão de nossas convicções, porque não têm certeza sobre a verdade deles. A liberdade de expressão é a própria essência da liberdade. Mas não pode haver liberdade em tudo na América, sem que haja também a liberdade religiosa".

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