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Israel confirma ataque a alvos militares do Irã; retaliação pode escalar guerra

Dezenas de jatos israelenses realizaram três ondas de ataques na madrugada de sábado, atingindo fábricas de mísseis e alvos próximos a Teerã e no oeste do Irã.

Fonte: Guiame, com informações do Washington Post e ReutersAtualizado: segunda-feira, 28 de outubro de 2024 às 12:31
Imagens de satélite de alvos de Israel no Irã; no destaque: aiatolá Ali Khamenei, caças israelenses. (Captura de tela/YouTube/The Sun)
Imagens de satélite de alvos de Israel no Irã; no destaque: aiatolá Ali Khamenei, caças israelenses. (Captura de tela/YouTube/The Sun)

Após os múltiplos ataques diretos realizados pela Força Aérea de Israel (IDF), que atingiram 20 instalações militares iranianas no sábado (26), o Irã prometeu uma resposta.

O Irã minimizou o ataque, alegando que os danos foram limitados. Enquanto isso, o presidente dos EUA, Joe Biden, apelou por uma interrupção na escalada, diante dos temores de um conflito mais amplo no Oriente Médio.

O ataque retaliatório em três ondas teve como alvos defesas aéreas e infraestrutura destinada ao desenvolvimento de mísseis balísticos de longo alcance, segundo o The Jerusalem Post.

Caças israelenses atacaram instalações militares no Irã. (Captura de tela/YouTube/The Sun)

A Operação “Dias de Arrependimento” foi encerrada às 5h45, ao amanhecer em Teerã.

Segundo o Axios e o The New York Times, os ataques também atingiram instalações de produção de drones do Irã, mas o The Jerusalem Post apurou que o foco principal foi a produção de mísseis balísticos.

‘Objetivos atingidos’

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou no domingo (27) que Israel alcançou “todos os seus objetivos” no ataque contra alvos militares no Irã.

“Atingimos severamente as capacidades de defesa [do Irã] e sua capacidade de produzir mísseis”, disse Netanyahu em um memorial para as vítimas do ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 às comunidades israelenses perto de Gaza.

“O ataque ao Irã foi preciso e poderoso, alcançando todos os seus objetivos”, disse Netanyahu.

Apesar de descrever o ataque como limitado, Israel afirmou ter enfraquecido as defesas aéreas e as instalações de armamento do Irã.

Promessa de resposta

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou no domingo (27) que as autoridades iranianas devem decidir a melhor maneira de demonstrar o poder do país a Israel, ressaltando que o ataque israelense "não deve ser minimizado nem exagerado".

Aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, promete resposta a ataques de Israel. (Captura de tela/YouTube/The Sun)

Khamenei chamou os ataques de “um erro” de Israel “em seus cálculos em relação ao Irã”.

O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou ao Conselho de Ministros no domingo que o Irã "dará uma resposta apropriada" aos ataques, conforme reportado pela mídia estatal.

Ele declarou: "Não estamos buscando guerra, mas defenderemos os direitos de nossa nação e de nosso país."

Segundo a Reuters, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baghaei, declarou nesta segunda-feira (28) que Teerã "usará todas as ferramentas disponíveis" para responder ao ataque israelense ocorrido no fim de semana contra alvos militares iranianos.

Em uma entrevista coletiva semanal televisionada, Baghaei disse: [O Irã] usará todas as ferramentas disponíveis para dar uma resposta definitiva e eficaz ao regime sionista a [Israel]".

Segundo Baghaei, a natureza da resposta do Irã depende da natureza do ataque israelense.

Ondas de ataques

Dezenas de jatos israelenses realizaram três ondas de ataques antes do amanhecer de sábado, atingindo fábricas de mísseis e outros alvos próximos a Teerã e no oeste do Irã, informaram as forças armadas de Israel.

Os arqui-inimigos fortemente armados têm se envolvido em um ciclo de retaliações uns contra os outros há meses. O ataque de sábado ocorreu em resposta a um bombardeio de mísseis iranianos em 1º de outubro, muitos dos quais, segundo Israel, foram interceptados por suas defesas aéreas.

O Irã apoia o Hezbollah, que está envolvido em intensos combates com as forças israelenses no Líbano, assim como o grupo militante palestino Hamas, que está em confronto com Israel na Faixa de Gaza.

 

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