MENU

Israel

Protestos em Israel: Entenda por que milhares têm saído às ruas no país

Manifestações que se iniciaram em janeiro tomaram diversas cidades israelenses, incluindo Jerusalém.

Fonte: Guiame, com informações da Gazeta do Povo e CNNAtualizado: quarta-feira, 29 de março de 2023 às 18:25
Protestos em Israel contra a reforma judicial. (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons/Hanay)
Protestos em Israel contra a reforma judicial. (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons/Hanay)

Desde o dia 7 de janeiro deste ano, Israel tem sido palco de grandes protestos contra a reforma judicial proposta pelo atual governo, encabeçado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

A medida, que busca aumentar o controle do Executivo sobre o Judiciário e reduzir sua independência, tem gerado controvérsia e motivado milhares de pessoas a saírem às ruas em manifestações que se estendem até o momento.

Os manifestantes, que incluem grupos de diferentes setores da sociedade, têm como objetivo anular a legislação de reforma legal proposta pelo governo. As ações incluem discursos de líderes políticos e ativistas, bloqueios de rodovias e outras formas de protestos, com a bandeira do país presente em todos eles.

Rebeliões e protestos vistos espiritualmente

Olhando para o que acontece em Israel e outros países, o jornalista cristão Charles Gardner afirmou que rebelião e protestos no mundo sinalizam o retorno iminente de Cristo.

Segundo Charles, a rebelião encoraja a ilegalidade: “E não é isso que estamos vendo nestes dias?”, questionou ele. 

Se referindo aos líderes mundiais de Israel e Reino Unido, o escritor observou: “Diplomatas britânicos baseados em Israel se rebelaram contra seus representantes políticos eleitos ao correr a Maratona da Palestina, cujos organizadores negam o direito de existência do Estado judeu.

Para ele, os protestos contra a reforma judicial em Israel refletem a rebelião contra as autoridades eleitas democraticamente no país.

“Seja qual for o detalhe, lembro-me do tumulto na antiga Éfeso causado pela pregação de Paulo, acusado de minar o negócio obscuro da adoração de ídolos. Os líderes comerciais reclamaram dele dizendo: ‘Deuses feitos por mãos humanas não são deuses de jeito nenhum”, contou o jornalista.

Protestos históricos

Os maiores protestos da história de Israel foram provocados pela ampla resposta social à reforma, que veio de importantes setores como os bancários, empresariais, jurídicos, acadêmicos e até mesmo militares.

Após 12 sábados consecutivos de grandes manifestações, o movimento de protesto tem ganhado cada vez mais força, enquanto a legislação avança no Knesset (Parlamento israelense).

A manifestação que se iniciou em Tel Aviv, que reuniu cerca de 300 mil pessoas, se espalhou para outras cidades: 65 mil pessoas se manifestaram em Haifa, 22 mil em Jerusalém e 20 mil em Beersheva.

O aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, o principal de Israel, chegou a cancelar todos os voos por causa dos protestos, segundo informou a imprensa local.

Lojas, bancos e hospitais, todos os serviços foram interrompidos como parte de uma ação coordenada que foi projetada para desencorajar Netanyahu de forçar a aprovação das reformas até o final desta semana.

Ministro da Defesa

Os protestos também se intensificaram após Netanyahu emitir um comunicado de demissão do ministro da Defesa, Yoav Gallant.

“O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu decidiu remover o ministro da Defesa, Yoav Galant, de seu cargo”, disse o comunicado.

De acordo com notícias, Gallant teria se manifestado contrariamente à reforma do judiciário, pedindo a paralisação do trâmite legislativo, indo contra o que defende o governo do qual faz parte: "Pelo bem do Estado de Israel e de nossos filhos, devemos interromper esse processo legislativo".

Mesmo com a suspensão, temporiamente, das discussões sobre a reforma do judiciário por Netanyahu, comunicada na última segunda-feira (27), os protestos devem continuar em todo país.

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições