Cerca de 50 cristãos foram mortos em uma série de ataques provocados por terroristas islâmicos na República Democrática do Congo.
Na noite do dia 4 de maio, os jihadistas invadiram a região leste do país, uma área predominantemente cristã. Cerca de 34 pessoas foram mortas, incluindo oito mulheres e quatro crianças.
"Entre 20h00 e 22h00, os inimigos conseguiram obter posições de exército e matar residentes pacíficos em suas casas, cortando suas gargantas", relatou o administrador local, Bernard Amisi Kalonda, à Agence France-Press.
Dois dias depois do primeiro ataque, os terroristas mataram 13 pessoas, incluindo dois missionários da igreja Church on the Rock, sediada nos Estados Unidos.
Conhecidos pelo nome “Muslim Defense International” (“Defesa Internacional Muçulmana”, em tradução livre), o grupo terrorista atua há mais de 20 anos no Oriente Médio — no entanto, tem se tornado mais violento nos últimos anos. Segundo as Nações Unidas, o grupo já matou mais de 500 pessoas na área desde 2014.
Desde que o terrorismo passou a se instalar em países ao redor do Congo, a igreja congolesa passou a se preocupar, conforme relatou o bispo Albert Kankienza em entrevista ao Guiame.
“Nós estamos muito preocupados e orando muito sobre isso. O nosso país não tem condições de lutar contra esses terroristas, porque não temos meios, como os europeus têm. A única arma que a gente tem é a oração”, disse Kankienza, que atua como conselheiro de Denis Sassou Nguesso, presidente da República do Congo.
A crescente ameaça nessa região do Congo, que tem uma população 95% cristã, tem forçado a Church on the Rock a encerrar suas missões e escolas.
"Estamos de coração partido, questionando a nossa fé, meio apavorados, mas determinados e seguindo em frente", disse o fundador da igreja, Mike Anticoli. "Podemos ser alvejados devido ao fato de treinarmos líderes locais e missionários de várias igrejas e denominações".
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