Após discurso de Trump, cristãos norte-coreanos denunciam que sofrem aumento da perseguição

Há relatos sobre aumento no número de detenções e sequestros de cristãos e missionários sul-coreanos.

Fonte: Guiame, com informações do Premier ChristianAtualizado: quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019 às 13:52
Cristãos norte-coreanos estão em primeiro lugar em perseguição pelas autoridades de seu país. (Foto: Roman Harak/Flickr)
Cristãos norte-coreanos estão em primeiro lugar em perseguição pelas autoridades de seu país. (Foto: Roman Harak/Flickr)

Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar encontro com o ditador Kim Jong-um para fevereiro próximo, os cristãos norte-coreanos alertam que a perseguição contra eles está piorando no país. As denúncias foram feitas à Missão Portas Abertas, que tem ajudado os cristãos e os missionários naquele país.

A perseguição existente na Coreia do Norte é confirmada pelo próprio Trump, que disse à imprensa que levantou violações dos direitos humanos promovidas por Kim Jong-un. O presidente disse que em sua reunião com o líder norte-coreano, em junho de 2018, disse esperar que os cristãos fossem tratados melhor no país. No entanto, fontes locais disseram que há muitos sinais de que a perseguição está piorando.

Os cristãos alegam que aumentou o número de detenções e sequestros de cristãos e missionários sul-coreanos. Dizem ainda que o controle de fronteira foi reforçado e que castigos mais severos foram introduzidos para os cidadãos norte-coreanos que são repatriados da China.

Outra denúncia é de que tem havido um esforço maior do governo norte-coreano para eliminar o evangelismo cristão no país.

Dificuldades

Joo Eun, um cristão norte-coreano que agora vive na Coreia do Sul, disse que um dia a distribuição de alimentos simplesmente parou. “Nós não recebemos mais nada. O governo nos fez ir para as montanhas, arrancar grama e fazer sopa com um pouco de sal. Tinha um gosto horrível, muito amargo”, contou.

Os trabalhadores clandestinos do Portas Abertas contrabandearam comida para ajudar a manter 60 mil cristãos norte-coreanos vivos a cada mês, junto com remédios, roupas de inverno, botas e cobertores.

Existem entre 200.000 e 400.000 cristãos na Coreia do Norte. No entanto, é difícil obter a quantidade exata, pois os cristãos na Coreia do Norte devem manter sua fé completamente em segredo.

A Missão Portas Abertas estima entre 50.000 e 70.000 cristãos presos em campos de trabalho simplesmente por sua fé.

A Coreia do Norte ocupa a 1ª posição na lista de observação mundial da Open Door, onde os crentes recebem o pior tratamento.

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