Após ter sido preso pela terceira vez, pastor é liberto no Irã

Segundo Mervyn Thomas, presidente da agência missionária britânica 'CSW', as prisões efetuadas repetidamente contra os mesmos indivíduos cristãos no Irã "são uma tática para fomentar um sentimento de insegurança dentro da comunidade".

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: terça-feira, 17 de maio de 2016 às 19:58
Pastor Yousef Nadarkhani, com esposa e filhos. (Foto: Christian Post)
Pastor Yousef Nadarkhani, com esposa e filhos. (Foto: Christian Post)

Na última segunda-feira (16), o Pastor Yousef Nadarkhani - líder de uma congregação doméstica, ligada à denominação 'Igreja do Irã' - e sua esposa foram libertos de uma prisão no Irã. Apesar da libertação de Nadarkhani e sua esposa, três outros cristãos ainda continuam sob custódia das autoridades iranianas, segundo a agência 'Christian Solidarity Worldwide' ('CSW'), que tem sede no Reino Unido.

O líder cristão havia sido preso na última sexta-feira (13), por funcionários do Ministério da Inteligência da República Islâmica do Irã, junto à sua esposa, Tina Pasandide Nadarkhani e um membro de congregação, Yasser Mosayebzadeh, durante uma incursão feita na casa casa do pastor.

As autoridades também invadiram separadamente as casas de Saheb Fadaie e Mohammadreza Omidi (Youhan), confiscaram suas Bíblias, computadores, telefones celulares e os prenderam, segundo a 'CSW' informou em seu relatório em um relatório. Mosayebzadeh, Fadaie e Youhan ainda estão sob custódia da justiça iraniana.

Os três cristãos foram brevemente detidos como resultado de incursões semelhantes à feita na casa de Yousef, realizadas em fevereiro deste ano(2016).

Youhan também havia sido detido em dezembro de 2012. E em 2013, ele foi um dos quatro cristãos condenados a 80 chicotadas (cada), após terem sido acusados ​​de "beber álcool" durante uma celebração da Santa Ceia e de possuir uma antena receptora via satélite.

"O governo deve ser responsabilizado pela sua perseguição à comunidade cristã do Irã, em particular, os constantes ataques às casas dos cristãos e repetidas prisões destes, sem qualquer fundamento", disse o presidente-executivo da CSW, Mervyn Thomas.


Histórico de lutas
O pastor foi preso pela primeira vez em outubro de 2009, por supostamente protestar contra um dever de casa que exaltava princípios islâmicos, recomendado pela escola de seus filhos e também por tentar registrar formalmente a sua igreja. Em 2010, Yousef foi condenado à morte por enforcamento, sob acusação de 'apostasia'. No entanto, o o Supremo Tribunal do Irã pediu um novo julgamento do seu caso, em Rasht. Apesar do pedido do tribunal, o pastor aguardou o julgamento na prisão.

Em junho de 2010, as autoridades também prenderam sua esposa para pressionar Yousef a se converter ao islamismo. Nadarkhani e sua esposa também foram ameaçados de que seus filhos seriam tirados do casal e entregues a uma família muçulmana, mas ambos se mantiveram firmes em sua fé cristã. Pasandide foi liberta posteriormente.

Durante audiências realizadas em Setembro de 2011, Nadarkhani foi informado pelas autoridades iranianas de que ele teria três oportunidades de se converter ao islamismo e renunciar a sua fé cristã, tendo assim todas as acusações contra ele retiradas. Mas ele novamente recusou a proposta.

Em 2012, pastor Yousef foi absolvido das acusações de apostasia pelo tribunal de Rasht e foi liberto da prisão em setembro de 2013. O tribunal, no entanto, o condenou a permanecer por três anos sem evangelizar muçulmanos.

No dia de Natal 2013, Yousef foi preso novamente sob as ordens de autoridades iranianas e liberto alguns dias depois, em 7 de janeiro de 2014.

A prisão do pastor - junto à sua esposa e um membro de sua igreja - no dia 13 de maio de 2016 foi efetuada sem qualquer acusação formal da polícia iraniana.

Segundo a 'CSW', essa repetição de ordens de prisão, lançadas contra os mesmos indivíduos (especificamente cristãos) tem, na verdade, o objetivo de intimidar o crescimento do cristianismo no país.

 

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