Bispo chinês protesta contra perseguição religiosa: "Se nos calarmos somos cúmplices"

"Diante de toda essa perseguição, não podemos nos acomodar. Não podemos ficar de braços cruzados. Se continuarmos em silêncio, somos cúmplices", disse o cardeal Joseph Zen Ze-kiun.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: domingo, 1 de maio de 2016 às 19:10
Cardeal Joseph Zen, durante evento em Hong Kong. (Foto: Reuters)
Cardeal Joseph Zen, durante evento em Hong Kong. (Foto: Reuters)

O bispo emérito de Hong Kong fez um apelo à China pelo da perseguição dos cristãos no país, de acordo com a agênca UCA News.

O cardeal Joseph Zen Ze-kiun dirigiu um culto de oração em frente ao escritório de comunicações de Hong Kong (China), em Pequim, onde cerca de 100 pessoas se reuniram no último domingo 24 de abril.

"Diante de toda essa perseguição, não podemos nos acomodar. Não podemos ficar de braços cruzados. Se continuarmos em silêncio, somos cúmplices", disse ele.

O cultou coincidiu com a conclusão de uma campanha que pedia ao Papa Francisco que pedisse pela liberdade religiosa e pelo fim da perseguição religiosa na China.

A campanha, liderada pelo Comissão Diocesana 'Justiça e Paz' de Hong Kong (JPC), estava pedindo a Francisco que exigisse do governo chinês que não houvesse mais a remoção de cruzes e recolheu 800 assinaturas.

"Esperamos que o Papa possa incluir a campanha de remoção de cruzes e os dois bispos desaparecidos em suas orações", disse Ou Yan-yan, oficial de projetos da JPC.

O dia de oração pela a China foi estabelecido pelo Papa Bento XVI em 2007.

A petição também pede que o Papa Francisco para "busque informações sobre a situação de dois bispos desaparecidos em seus diálogos com as autoridades chinesas".

Os dois bispos em questão chamam-se James Su Zhimin, de 84 anos, e Cosmas Shi Enxiang, 95.

"Estes dois bispos ... ficaram presos por mais da metade de suas vidas. Eles estão desaparecidos há 18 e 15 anos", afirma o texto da petição.

O Partido Comunista tem se mostrado cada vez mais desconfiado sobre a influência do cristianismo, que está experimentando um crescimento significativo no país.

Cerca de 1.700 igrejas já foram demolidas ou tiveram suas cruzes removidas na província de Zhejiang. Um um número de líderes cristãos e seus advogados também foram presos. Além disso, agressões e até mesmo assassinatos de cristãos têm ocorrido durante essas operações de demolições e remoção de cruzes das igrejas.

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