Cerca de 170 cristãos são assassinados por terroristas em um trimestre, no Congo

Os ataques são realizados por grupos, como as Forças Democráticas Aliadas (ADF), que pretendem expandir o islamismo por imposição.

Fonte: Guiame, com informações da Portas AbertasAtualizado: terça-feira, 11 de agosto de 2020 às 11:31
Família congolesa deixa sua região para fugir de ataques terroristas. (Foto: Agência EFE)
Família congolesa deixa sua região para fugir de ataques terroristas. (Foto: Agência EFE)

Na República Democrática do Congo, os cristãos continuam sob a mira de rebeldes desde o final de 2019. Apesar da pandemia da COVID-19, os ataques dos extremistas contra os seguidores de Jesus não diminuíram e segundo a Missão Portas Abertas, 66 cristãos foram assassinados em maio, 55 em junho e 21 em julho. Mas o número total de mortos pode ir além desse registro, chegando a 170 vítimas fatais no trimestre.

Segundo um relatório do Escritório Conjunto de Direitos Humanos da ONU (UNJHRO, sigla em inglês), 800 civis foram assassinados nos últimos 18 meses, na província de Kivu do Norte (República Democrática do Congo). A região de Ituri e outras áreas, como as vilas de Mighende, Mitembo, Kabugeja, Mugwanga e Abalago também foram atingidas pelas ações terroristas dos grupos rebeldes.

Os ataques são realizados por grupos, como as Forças Democráticas Aliadas (ADF), que pretendem expandir o islamismo por imposição. Os ataques do grupo tiveram início em Uganda e agora chegaram à República Democrática do Congo.

Seus ataques têm como alvo pessoas sozinhas e vulneráveis em fazendas ou durante viagens. Mas em muitos casos, empresas e aldeias também foram saqueadas, escolas e clínicas destruídas e cristãos sequestrados por esses terroristas.

O documento da ONU ressalta que a maneira como os jihadistas atuam mostra que o grupo tem uma intenção clara de não deixar sobreviventes. Em parte, isso explica o motivo pelo qual famílias inteiras são perseguidas e mortas.

"O grande número de mortes torna fácil esquecer que, por trás de cada nome nas listas de vítimas, há uma família e uma comunidade que perderam um membro e um colaborador essencial", comenta um porta-voz da Portas Abertas.

Apesar do terror espalhado pelos grupos terroristas islâmicos, esses são apenas mais uma ameaça à população local, que já sofre com surtos de ebola, sarampo, malária, tuberculose, e agora, Covid-19.

Para piorar a situação da saúde no país, clínicas e farmácias têm sido atacadas, aumentando assim a vulnerabilidade dos habitantes da região. Dessa forma, a insegurança é geral e torna-se impossível a assistência aos cristãos e outros deslocados no território.

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