Cerca de 20 mil pessoas sofreram perseguição religiosa em apenas um ano, na China

Em 2015, a 'China Aid' documentou 634 casos de perseguição em que 19,426 pessoas foram perseguidas em razão de sua confissão de fé. Apesar dos dados alarmantes, o cristianismo continua a crescer no país.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: sábado, 21 de maio de 2016 às 13:32
Cristãos protestam contra a perseguição religiosa na China. (Foto: China Aid)
Cristãos protestam contra a perseguição religiosa na China. (Foto: China Aid)

A 'China Aid' informou em seu Relatório Anual de Perseguição Religiosa e Direitos Humanos na China, que cerca de 20.000 pessoas sofreram perseguição religiosa, praticada do Partido Comunista durante todo o ano. Apesar do aumento da perseguição, no entanto, o número de cristãos no país continua a crescer.

"Em 2015, a China Aid documentou 634 casos de perseguição em que 19,426 praticantes religiosos foram perseguidos, o que representa um aumento de 8,62% com relação aos 17,884 praticantes religiosos perseguidos em 2014", afirma o relatório.

"Uma série de fatores levou ao aumento da perseguição, incluindo uma rodada generalizada, de violação dos direitos humanos na China e a barbarização legal de profissionais, ativistas e famílias inteiras em julho de 2015", acrescentou.

Os cristãos têm sido particularmente visados, enquanto está em curso a campanha de demolição de igrejas e remoção de cruzes dos templos, que já cumpriu essas ordens em muitas denominações. Centenas de cristãos, incluindo pastores e advogados, foram detidos por protestar contra a perseguição em curso, embora o governo chinês tenha afirmado que só está combatendo as "violações do código de construção" do país.

A campanha de demolição continua em 2016 e tem feito várias vítimas, como a esposa de um pastor na província central de Henan, que foi enterrada viva por tentar impedir a demolição de sua igreja, ordenada pelo governo.

A 'China Aid' advertiu que não são apenas os cristãos que são perseguidos, notando que os seguidores do budismo tibetano e do islamismo "provavelmente também estejam experimentando intensa perseguição por parte do governo" nas mãos do Partido Comunista ateu.

Apesar das dificuldades que os cristãos enfrentam ao longo do ano, o relatório afirma que o cristianismo continua a crescer.

"Os cristãos têm jejuado, orado, organizado protestos e a resposta firme destas igrejas se espalhou para outros lugares, produzindo oposição pública generalizada às demolições de templos e remoção de cruzes, ordenadas pelo governo chinês", explicou.

O grupo de vigilância de perseguição observou que houve um aumento no número de advogados de direitos humanos, que abraçam causas em processos judiciais que envolvem cristãos, na forma de direito civil, administrativo, direitos sobre propriedade. O grande número de causa ganhas nesses casos "fortaleceram a fé de muitos membros das igrejas". Alguns desses advogados chegaram a ser presos pelo governo, após atuarem em favor dessas causas.

"A 'China Aid' tem acompanhado de perto o desenvolvimento da liberdade religiosa na China desde 2002", observou o relatório.

"Apesar do agravamento da situação da liberdade religiosa na China na última década, a organização humanitária vê grande esperança no rápido crescimento do movimento de igrejas domésticas na China e acredita firmemente que o amor e a justiça de Deus acabarão cobrindo a vasta extensão desta nação".

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