A chave para evangelizar budistas está no Antigo Testamento, diz missionário

O professor e plantador de igrejas, Harold A. Netland explicou que os budistas simpatizam com o livro de Eclesiastes.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: quarta-feira, 5 de dezembro de 2018 às 14:06
Segundo o professor Harold A. Netland, o budismo clássico dispensa a existência de um deus criador. (Foto: flickr.com)
Segundo o professor Harold A. Netland, o budismo clássico dispensa a existência de um deus criador. (Foto: flickr.com)

Livros e passagens do Antigo Testamento são importantes quando se tenta evangelizar budistas, especialmente aqueles que seguem o tradicional budismo asiático, de acordo com um antigo missionário que ajudou a plantar igrejas no Japão.

Atualmente trabalhando como professor de Filosofia da Religião e Estudos Interculturais na Escola Evangélica 'Trinity Divinity', Harold A. Netland passou nove anos como educador missionário no Japão.

Em um episódio do podcast 'The Table', do Seminário Teológico de Dallas, publicado na semana passada, Netland explicou que o budismo não tem um "deus criador" como o cristianismo.

"O budismo clássico no século 19 era inequívoco; não há deus criador. Não poderia haver um deus criador. Se tudo é impermanente e entra e sai da existência, a ideia de um eterno deus criador simplesmente não se encaixa lá", observou Netland. "Então, a noção mais moderna é... bem, o budismo não é realmente ateu, é apenas agnóstico. E este é um modo moderno de pensar. Mas o budismo clássico é muito claro: não há deus".

Netland posteriormente descreveu como iniciar uma conversa com um tradicional budista asiático, observando que era necessário começar do começo.

"Evangelizar um tradicional budista asiático, leva muito tempo. Vamos supor, você começa um estudo bíblico, abre em Gênesis 1 ou escolhe um texto do Novo Testamento. No princípio, Deus...", disse Netland.

"Então, logo você tem que parar e conversar. 'O que você quer dizer com Deus? Quem é Deus?', um deles pergunta. E os pastores japoneses são muito bons, muito pacientes para explicar. Eles continuam voltando a isso. Até que eles realmente apreciem a ideia de um deus criador, o Evangelho não vai fazer sentido para eles".

Mas o livro de de Eclesiastes (Antigo Testamento), que enfatiza a falta de sentido das atividades terrenas, é bastante popular entre os budistas japoneses, de acordo com Netland, e esta pode se tornar uma chave para o evangelismo entre eles.

"Descobri que certamente os japoneses apreciam o livro de Eclesiastes, que muitos norte-americanos não atentam tanto para ele. Não sabemos o que fazer com este livro. Eles gostam. A linguagem deste livro é algo com o qual eles concordam", explicou Netland. "E, é claro, em Eclesiastes, nos pontos cruciais, você tem Deus. 'Lembre-se de seu criador'. E isso os coloca em uma luz totalmente diferente. Mas há pontos de contato e ressonância lá".

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