Cristã dos EUA decide usar véu islâmico por 40 dias para ver como muçulmanas são tratadas em seu país

Jessey Eagan disse que nos EUA, ela faz parte da maioria, tal como, uma mulher branca de classe média, porém quer saber como uma mulher que vive em outro tipo de cultura se sentiria em seu país.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: quarta-feira, 4 de março de 2015 às 19:30
Jessey Eagan é casada, mãe de dois filhos, trabalha como tutora infantil em sua igreja e decidiu fazer esta experiência para ensinar aos cristãos sobre a importância de lidar com as diferenças.
Jessey Eagan é casada, mãe de dois filhos, trabalha como tutora infantil em sua igreja e decidiu fazer esta experiência para ensinar aos cristãos sobre a importância de lidar com as diferenças.

Uma moradora dos Estados Unidos decidiu usar um hijab (véu usado por mulheres muçulmanas) toda vez que sair de casa durante a Quaresma para lembrar a si mesma o que é estar na pele de uma outra mulher.

Loira e de olhos, Jessey Eagan é mãe de dois filhos e trabalha como tutora infantil na Igreja Imago Dei, em Peoria, Illinois. Ela disse que nos EUA, ela faz parte da maioria, tal como, uma mulher branca de classe média, porém quer saber como uma mulher que vive em outro tipo de cultura se sentiria em seu país.

"Eu quero me lembrar sobre como se sente ser uma estrangeira... Então, eu estou praticando a hospitalidade nesta Quaresma, calçando os sapatos - neste caso, um hijab - de minhas amigas e vizinhas muçulmanas", contou.

"Eu sinto que isto é especialmente importante agora, considerando que há uma crescente animosidade, mais uma vez a partir de americanos (brancos) em relação aos muçulmanos em nossas comunidades, o que sinceramente me deixa nervosa com a idéia".

Escrevendo em seu blog com o título "#40daysofhijab" ("40 dias de hijab"), Eagan diz que ela sentiu-se inspirada a realizar o desafio, depois de viver em Amã, na Jordânia. Há cerca de sete anos, ela e seu marido moraram na região por 18 meses.

"Dizer que eu não me encaixei perfeitamente naquele novo ambiente seria um grande eufemismo. Eu era uma estrangeira ali. Ser loiro e ter olhos azuis na Jordânia era como se levantar e gritar no meio de uma biblioteca", confessou.

Ela descreve também que precisou usar o "burkini" (roupa de banho feminina adaptada para a cultura muçulmana) e como este foi um dos fatores que a ajudou a quebrar barreiras com a cultura local.

Quando questionada por jornalistas sobre a sua motivação com esta iniciativa de usar o hijab por 40 dias, Eagan disse que seu objetivo era ajudar as pessoas - especialmente os cristãos brancos - a aprender com as diferenças, abraçar as pessoas de outras culturas e se envolver com elas.

Ela acrescentou: "Jesus disse para amar os nossos vizinhos, estranhos e inimigos. Eu acho que isso é algo que muitas vezes não é levado a sério por muitos cristãos. Estamos tão influenciados pela mídia, que permitimos que o medo assuma o controle, e nos esquecemos... do amor. O medo é o oposto do amor".

A blogueira também tem planos de escurecer a pele com o maquiagem para intensificar a experiência e sair pela comunidade.

"Meu amigo me disse que os muçulmanos brancos e muçulmanos de pele mais escura têm experiências diferentes, como fazem os muçulmanos negros, dentro da comunidade islâmica, bem como na comunidade em geral", disse ela.

 

 

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