Cristão é preso por orar e curar doentes no Paquistão

Por causa das cura milagrosas através de John, alguns muçulmanos entregaram suas vidas a Cristo, causando grande tensão na comunidade.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian PostAtualizado: segunda-feira, 19 de outubro de 2015 às 19:36
Membro da comunidade cristã paquistanesa segura uma cruz durante um protesto para condenar ataques contra igrejas. (Foto: Reuters/Mohsin Raza)
Membro da comunidade cristã paquistanesa segura uma cruz durante um protesto para condenar ataques contra igrejas. (Foto: Reuters/Mohsin Raza)

Um homem cristão, conhecido no Paquistão por curar os doentes, foi preso pelas autoridades policiais da cidade de Sargodha por ter cometido o crime de blasfêmia.

De acordo com a Associação Cristã Britânico-Paquistanesa (BPCA), Naveed John foi preso no dia 8 de outubro e tem se sentido abatido desde então.

O relatório da agência humanitária afirma que John foi preso depois que policiais encontraram, em seu quarto, uma espada com inscrições de versos do Alcorão na lâmina. Os membros da família disseram à BPCA que os policiais exigiram que eles pagassem um suborno para que John fosse liberado.

No entanto, a família se recusou a pagar o suborno, e a polícia abriu um relatório de investigações contra John e o acusaram de blasfêmia.

"A espada foi descrita como presente de um amigo, e Naveed a mantinha simplesmente para mostrar cortesia e evitar ofensas. Ele teve o cuidado de mantê-la em segurança e em local apropriado - em um colchão do chão para evitar qualquer ofensa aos muçulmanos", explica o relatório BPCA.

A BPCA acredita que o motivo por trás da prisão de John decorra do fato de ele ter orado por muitos doentes e pessoas "possuídas por demônios", incluindo muçulmanos, os quais foram curados.

Por causa das cura milagrosas através de John, alguns muçulmanos entregaram suas vidas a Cristo, causando grande tensão na comunidade.

No Paquistão, acusações de blasfêmia significam insultos ao islamismo ou ao profeta Maomé, que pode transportar sérias conseqüências legais, incluindo a pena de morte. Mas, no caso de John, o "crime" tomou uma proporção diferente, já que a prisão foi uma decisão tomada pelos próprios polícias.

"Esta última alegação de blasfêmia estabelece um precedente terrível: A polícia pode agora promulgar tais casos, pelo capricho de ter o pedido de suborno negado", disse Shamim Masih, da BPCA.

A próxima audiência do caso de John será realizada no sábado. A BPCA iniciou uma campanha de arrecadação de fundos para ajudar a pagar as taxas legais de John. A estimativa é que a organização gaste o equivalente a US$ 600.

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