Cristãos e Yazidis ainda sofrem com ataques no norte do Iraque

Mais de 500 pessoas que integram a minoria Yazidi foram mortos durante os ataques dos militantes do Estado Islâmico. Porém um patriarca libanês alertou para o perigo que os cristãos ainda enfrentam, devido à perseguição sem precedentes por parte das grupos armados, como o ISIS.

Fonte: GuiameAtualizado: segunda-feira, 11 de agosto de 2014 às 16:01
Cristãos e Yazidis ainda sofrem com ataques no norte do Iraque
Cristãos e Yazidis ainda sofrem com ataques no norte do Iraque

20 mil Yazidis fogem da guerra no Iraque; cristãos ainda precisam de ajudaA região norte do Iraque tem sido devastada pela guerra que se iniciou com os ataques das forças leais ao Estado Islâmico, como no caso do grupo terrorista "ISIS", que tomou Qaraqosh, a maior cidade cristã do Iraque, levando os seus moradores a fugir. É o caso de diversos cristãos e dos Yazidi, dos quais mais de 20 mil civis conseguiu chegar à fronteira com a Síria, na periferia do monte Sinjar.

Mais de 500 pessoas que integram a minoria Yazidi foram mortos durante os ataques dos militantes do Estado Islâmico. Porém um patriarca libanês alertou para o perigo que os cristãos ainda enfrentam, devido à perseguição sem precedentes por parte das grupos armados, como o ISIS.

Aviões de guerra e drones destruiram norte-americanos destruíram veículos do ISIS, também conhecido como o Estado Islâmico do Iraque e da Síria, de acordo com o Comando Central dos EUA.

Cerca de 20.000 Yazidis foram resgatados e levados para perto da fronteira com a Síria - tido como um local seguro.

Enquanto as forças norte-americanas começaram a lançar ataques na semana passada, centenas de mulheres Yazidi foram sequestradas e milhares de outros Yazidis permaneceram presos em Sinjar com pouca comida e água. Cerca de 50.000 Yazidis - metade deles sendo crianças - foram anteriormente forçados a fugir para o monte, sendo ameaçados de morte.

Cristãos
A perseguição do ISIS contra os cristãos daquela região tem sido ferrenha, com métodos como a marcação das portas de suas casas com a letra "N", de "Naziris" ou "Nazarenos".

O ISIS, que tinha sido com o objetivo, formar um emirado islâmico na região também conhecida como o Mediterrâneo Oriental, através de uma "jihad" ("guerra santa"), exigiu que minorias (Yazidi e cristãos) se convertessem ao islamismo, ou fugissem dali para não serem mortos.

"Oramos por nossa unidade nacional, pela unidade das comunidades do Oriente Médio, que sofrem por divisões e guerras, e pela propagação da paz e da compreensão", disse o patriarca Maronita, Beshara Rai no último domingo.

Segundo o porta-voz da organização em prol de cristãos iraquianos, Mark Arabo, a brutalidade contra crianças e adultos é chocante.

"Eles estão decapitando sistematicamente crianças, mães e pais. O mundo não tem visto um mal como este para uma geração. Há realmente um parque em Mosul, no qual eles têm decapitado crianças e colocado estas cabeças em uma vara", disse.

A maioria dos 50 mil cristãos na cidade Qaraqosh, sudeste de Mosul fugiram na última quinta-feira, em comboios. A maioria dos membros da comunidade minoritária das cidades cristãs vizinhas de Tel Askof, Tel Keif e Qaramless também fugiram.

Com informações do Christian Post

*Tradução por João Neto - www.guiame.com.br 

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