Cristãos são baleados e escola bíblica é bombardeada no Sudão

Depois dos combates entre as duas facções que lutam pelo controle no Sudão, desde o dia 15 de abril, há relatos de cristãos que foram baleados e feridos. 

Os ataques estão acontecendo também em igrejas. De acordo com o Morning Star News, homens armados não identificados atacaram a Igreja Ortodoxa Copta de Mar Girgis (St. George) na área de Masalma de Omdurman.

No dia 14 de maio, de acordo com a agência de notícias egípcia Watani, os agressores feriram o reverendo Arsanius Zaria, seu filho Girgis, um cantor da igreja identificado como Seifein, um guarda identificado como Habashi e o paroquiano Safwat Shawqy. Os cinco foram hospitalizados e passam bem. 

Sobre os ataques

Testemunhas disseram que os criminosos entraram na igreja gritando “infiéis” e dizendo que eles deveriam se converter ao islã. 

Uma das testemunhas disse à Reuters que os agressores perguntavam: “Onde está o ouro? Onde está o dinheiro? Onde estão os dólares? Vocês são filhos de cães”.

No dia 3 de maio, uma igreja copta em Cartum Norte (Bahri) também foi atacada, depois que a igreja evangélica na mesma área foi bombardeada e parcialmente queimada em abril, conforme a CSW.

Em 28 de abril, a Escola Bíblica Gerief, em Cartum, foi bombardeada. Seu auditório de adoração, corredores e dormitórios estudantis foram totalmente destruídos, de acordo com uma fonte da Morning Star News. Em 17 de abril, homens armados invadiram o complexo da catedral anglicana em Cartum, informou o Church Times, com sede no Reino Unido.

País que persegue violentamente cristãos

O Sudão ocupa o 10º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2023, da Portas Abertas, e é um dos lugares mais perigosos do mundo para quem decide seguir a Cristo. 

Aqueles que abandonam o islã são vistos como traidores pelo governo e passam a viver em isolamento, enfrentando discriminação e ataques violentos. 

O sistema legal sudanês é baseado na lei islâmica, por esse motivo alguns cristãos optam por viver sua fé em segredo para salvar suas próprias vidas. Para manter a segurança da família, muitos nem criam seus filhos como cristãos, temendo a represália dos líderes comunitários.