Em novo vídeo, Estado Islâmico exibe a decapitação de três cristãos e culpa a Igreja pelas mortes

À medida que cada um dos reféns se identifica, dizendo "Eu sou um Nazareno [cristão]", estes vão sendo decapitados. Posteriormente, outro militante diz que os mais de 200 sírios ainda detidos só serão libertos mediante pagamento de 14 milhões de dólares.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: quinta-feira, 8 de outubro de 2015 às 14:48
Cristãos participam de manifestação contra a perseguição religiosa, em Beirute (Foto: Reuters)
Cristãos participam de manifestação contra a perseguição religiosa, em Beirute (Foto: Reuters)

Um novo vídeo divulgado pelo Estado Islâmico mostra militantes do grupo terrorista executando três cristãos assírios e exigindo um resgate de 14 milhões de dólares para que libertem os outros reféns sírios - que são mais de 200.

Vestindo macacões laranja, as vítimas se identificam como Dr. Abdulmasih Aniya, Ashur Abraão e Bassam Michael. Os três são das cidades de Tal Jazirah e Tal Shamiram - ambas localizadas no vale do rio Khabur, província de al Hasakah, ao norte da Síria.

Antes de executar os reféns, um dos terroristas dá um passo à frente e afirma que a Igreja Cristã é responsável por aquelas mortes, segundo o site 'IB Times'.

À medida que cada um dos reféns se identifica, dizendo "Eu sou um Nazareno [cristão]", estes vão sendo decapitados. Posteriormente, outro militante diz que os mais de 200 sírios ainda detidos só serão libertos mediante pagamento do resgate milionário.

Inicialmente, O EI exigiu uma taxa de resgate de cerca de 100 mil dólares por refém, totalizando $23 milhões. Quando ficou claro que a comunidade assíria não poderia pagar este valor, o montante foi reduzido.

Tanto a Rede de Direitos Humanos assíria, quanto o Observatório Sírio-britânico para os Direitos Humanos disse que este vídeo foi gravado, provavelmente há duas semanas, durante a celebração do 'Eid al-Adha' - festividade islâmica que sucede a peregrinação à Meca.

Denominado "Uma Demanda por Ação", o grupo que tem se engajado em uma campanha pela liberdade religiosa condenou o assassinato e pediu uma intervenção internacional.

"Condenamos este último ato de barbárie nos termos mais fortes possíveis. A limpeza étnico-religiosa sistemática dos assírios, sírios e caldeus continua. Eles são impotentes. Eles são crianças, mulheres. Eles são pais e irmãos de alguém", dizia parte de uma declaração do grupo.

"Nós clamamos que a comunidade internacional intervenha imediatamente. Fomos expulsos de nossas terras ancestrais. Temos sido mortos e crucificado. A comunidade internacional deve agir agora para salvar vidas de outros sequestrados".

Desde fevereiro deste ano (2015), o Estado Islâmico tem invadido várias cidades assírias antigas, incluindo a cidade iraquiana de Nimrud, a aldeia de Khorsabad, e Hatra, uma cidade de 2.000 anos de idade. No domingo de Páscoa, militantes destruíram a Igreja de Virgem Maria ,em Tel Nasri, Khabur.

Outra antiga denominação cristã, a Igreja Assíria do Oriente tem raízes que remontam ao século 1º dC. Cristãos assírios ainda falam aramaico, a língua de Jesus, e têm origens na antiga Mesopotâmia - um território que se espalha por todo o norte do Iraque, no nordeste da Síria e do sudeste da Turquia.

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