Em SP, ministério "Mulheres do Caminho" fala sobre a igreja perseguida do Irã

Testemunhos da família Hovsepian emocionam participantes do culto de celebração do ministério de mulheres da Portas Abertas.

Fonte: GuiameAtualizado: segunda-feira, 9 de junho de 2014 às 18:58
Em SP, ministério "Mulheres do Caminho" fala sobre a igreja perseguida no Irã
Em SP, ministério "Mulheres do Caminho" fala sobre a igreja perseguida no Irã

mulheres do caminho - portas abertasEm comemoração aos 5 anos do ministério de mulheres no Brasil, a equipe da Portas Abertas reuniu no último sábado, 07/06, mulheres de diversos estados do País para um culto na Igreja Presbiteriana do Ipiranga, em São Paulo (SP), com a cristã Iraniana Takoosh Hovsepian (à esquerda) - viúva do mártir Haik Hovsepian. O homem foi morto a facadas por declarar sua fé em Cristo. Denominado como "Mulheres do Caminho", o ministério é coordenado por Elizabeth Banov, que há 5 anos está a frente de mulheres que se reúnem para interceder pelas nações.

Takoosh nasceu e foi criada no Irã, e se converteu a Jesus quando adolescente. Se casou cedo, e junto com seu marido começou seu ministério no norte do Irã, onde foram enviados para implantar uma igreja.

"Durante os cultos era comum os vidros caírem por apedrejamentos. Recebíamos cartas nos ameaçando, pedindo para irmos embora dali", disse Takoosh.

Após uma revolução que aconteceu no Irã, a perseguição aumentou ainda mais. Muitos novos convertidos foram presos, e Haik cuidava deles.

"Um dia ele saiu de casa, e ficamos por muitos dias sem notícias. Depois de uma ligação, meu filho Joseph foi reconhecer algumas fotos de corpos, e quando ele voltou pra casa eu já sabia o que havia acontecido", contou. Haik foi golpeado 27 vezes com facas por muçulmanos extremistas.

A cristã iraniana contou como foi um período difícil, como o ódio pelos muçulmanos foi superado pelo poder do perdão, e como o corpo de Cristo foi importante para ela. "Durante aquele tempo muitos cristãos oraram por nós. Recebi mais de 2 mil cartas, por uma campanha organizada pelo Portas Abertas. Não eram apenas pedaços de papel, era como se todos os cristãos ao redor do mundo estivessem ali comigo".

Dias atuais do evangelho no Irã

Terrorismo, explosões e bombas nucleares fazem parte dos noticiários, mas dentro deste contexto há um outro lado: a sede daquele

povo em receber a palavra de Deus. De acordo com André Hovsepian, filho da iraniana (à direita), a imagem exibida pela TV é muito diferente da que se vê daquele povo nas ruas. "Muitas pessoas, depois que se convertem, perdem o emprego e são expulsas de casa, porque seus familiares não querem um problema para eles. Mas ainda assim essas pessoas permanecem firmes em Jesus, porque sabem qual é o preço a se pagar".

André comentou que ao perseguir pastores, o governo imaginou que as pessoas teriam medo e abandonariam a fé, mas depois disso, os cristãos só aumentaram. "Muitos tem se convertido no Irã por terem tido sonhos com Jesus. A perseguição aumentou, eles fecharam todos os prédios de igrejas no Irã. Não fecharam igrejas ortodoxas, mas as igrejas que recebem os ex-muçulmanos. Mas os planos de Deus sempre fazem muito mais sentido. Hoje em dia acontecem muitos encontros secretos, igrejas subterrâneas estão sendo implantadas, e muitos estão se convertendo. Deus tem usado nossa família para pregar ao povo via satélite".

Após o assassinato de Haik, a família Hovsepian se mudou para os Estados Unidos, onde produzem programas que são exibidos no Irã com a ajuda do Portas Abertas. "O governo iraniano ficou muito feliz quando fomos embora, só não imaginaram que depois estaríamos na casa de milhares de iranianos pregando a palavra do Senhor", André finaliza.

 

Por Luana Novaes - www.guiame.com.br 

Imagens: Marcos Paulo Corrêa

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