Esforços para libertar Leah Sharibu estão em andamento, diz general nigeriano

Em cativeiro desde 2018, há relatos de que a menina cristã foi forçada a se converter ao islã e se casar com um dos líderes do Boko Haram.

Fonte: Guiame, com informações de Christian TodayAtualizado: quinta-feira, 13 de janeiro de 2022 às 19:55
Leah Sharibu está em cativeiro há quase 4 anos. (Foto: Reprodução).
Leah Sharibu está em cativeiro há quase 4 anos. (Foto: Reprodução).

Esforços para libertar a menina cristã Leah Sharibu estão em andamento. Leah foi sequestrada pelo Boko Haram, no estado de Yobe, na Nigéria, em 2018.

De acordo com a Christian Solidarity Worldwide (CSW), uma organização que trabalha pelos direitos religiosos, o Chefe do Estado-Maior da Defesa da Nigéria, General Lucky Irabor, garantiu que esforços estão sendo feitos para garantir a libertação de Sharibu.

A boa notícia foi dada durante uma entrevista ao programa de TV “Bom dia Nigéria”, nesta segunda-feira (10). O general Irabor afirmou que estava “ciente dos planos e dos processos que estão em vigor para garantir que não apenas Leah Sharibu, mas todas as outras pessoas mantidas em cativeiro sejam libertadas”

Leah Sharib estava entre as 110 meninas cristãs raptadas por extremistas do Boko Haram, durante ataque à Escola Técnica e Científica de Meninas do Governo da Nigéria, em Dapchi, em 2018. Ela é a única que ainda não foi libertada, por se recusar a abandonar a fé cristã e se converter ao islã.

“Desde então, tem havido relatos de que ela foi forçada a se converter e se casar com um dos comandantes do Boko Haram, e que ela deu à luz a um filho dele”, afirmou a Portas Abertas.

Em outubro de 2021, a Missão Portas Abertas divulgou que a jovem, com então 18 anos, ainda está viva, após quase 4 anos do sequestro.

A CSW condenou o atraso nas ações para a libertação de Leah e cobrou do governo mais esforços para resgatar a jovem cristã. "A ação está atrasada, por isso pedimos ao governo nigeriano que não poupe esforços para cumprir esses compromissos", declarou Mervyn Thomas, presidente da CSW.

Descaso do governo

No ano passado, a mãe de Leah, Rebecca Sharibu, afirmou que o governo nigeriano não estava tomado medidas para recuperar Leah e ignorava os pedidos de ajuda da família.

“Quando minha filha foi levada embora em fevereiro de 2018, não tive notícias do governo. Não tive notícias de ninguém até sete meses depois. Foi então que foi lançado um vídeo dela em um hijab. O Boko Haram divulgou um vídeo dizendo que eles mataram um profissional de saúde e que a próxima pessoa a ser morta seria Leah. Então, a Fundação Leah organizou uma coletiva de imprensa mundial em Jos”, explica ela.

E continuou: “Pedimos ajuda ao mundo porque a próxima pessoa que o Boko Haram disse que matariam foi minha filha. Dissemos que não tínhamos ouvido o governo ou qualquer pessoa da família e que, no que nos diz respeito, estávamos convocando a comunidade internacional a implorar ao governo nigeriano que tomasse medidas”.

A mãe de Leah disse que foi apenas na noite da entrevista coletiva que o presidente entrou em contato pela primeira vez.

“Depois de falar comigo, o presidente prometeu que faria todo o possível para trazer Leah de volta. Duas semanas depois, ele enviou três ministros liderados pelo Ministro da Informação, Lai Mohammed, com uma delegação muito grande e a mídia para dizer que muito em breve, Leah seria encontrada. Eles tiraram fotos e espalhou-se por toda a mídia que o presidente enviou os ministros”, denunciou.

Depois disso, em outubro de 2020, a família recebeu a visita da Ministra da Mulher, Paulen Tallen, com uma mensagem do presidente, dizendo que ainda estava trabalhando para cumprir a promessa de resgatar Leah.

Desde essa ocasião, os pais da menina não tiveram mais informações sobre sua situação. Rebecca acredita que a filha ainda não foi libertada por causa da sua fé cristã.

“Todas as outras garotas que foram levadas eram muçulmanas e todas foram libertadas. Mas minha filha ainda está em cativeiro, acredito, por causa de sua fé. Se não, por que ainda não libertaram minha filha? Que crime ela cometeu? Ela apenas se recusou a renunciar à sua fé cristã”, questionou.



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