Estado Islâmico em Moçambique exige que cristãos se convertam, ou paguem imposto

“Vamos intensificar a guerra contra vocês até que se submetam ao Islã”, afirmou o grupo terrorista em uma carta.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian PostAtualizado: quarta-feira, 23 de novembro de 2022 às 18:00
Cristãos em Moçambique. (Foto: Imagem ilustrativa/Facebook/Heidi Baker).
Cristãos em Moçambique. (Foto: Imagem ilustrativa/Facebook/Heidi Baker).

O grupo terrorista Estado Islâmico de Moçambique está exigindo que cristãos se convertam ao islamismo ou paguem um imposto para não serem massacrados.

A ameaça foi feita em uma carta escrita à mão dirigida ao exército moçambicano, cristãos e judeus, de acordo com o Zitamar News.

“Submeta-se ao Islã, pague imposto ou aceite uma guerra sem fim”, afirma a mensagem. “Vamos intensificar a guerra contra vocês até que se submetam ao Islã. Nosso desejo é matá-lo ou ser morto, pois somos mártires diante de Deus, então submeta-se ou fuja de nós”.

O Estado Islâmico também exigiu que “aqueles que se dizem muçulmanos” parem de colaborar com o “governo ateu”, caso contrário, “não há lugar onde você possa se esconder que nós não possamos alcançar”.

A carta com as ameaças foi encontrada em no distrito de Macomia, na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.

Em 2017, grupos extremistas islâmicos tomaram o controle de Cabo Delgado, uma província rica em recursos naturais, como gás e ouro.

Desde então, milhares de pessoas foram mortas e quase 1 milhão foram deslocados devido a violência.

“O EI começou a incendiar aldeias cristãs e matar aqueles que viviam lá”, relatou o International Christian Concern, organização que monitora a perseguição no mundo.

Conforme o The Washington Post, na região de maioria muçulmana em Cabo, os terroristas sequestram mulheres para serem escravas sexuais e obrigam meninos a atuarem como crianças-soldados.

Em 2014, no Iraque, o Estado Islâmico também emitiu um ultimato a pequena comunidade cristã no norte do país, ordenando que se convertesse ao islã ou pagasse uma multa para que os crentes não fossem mortos.

“Oferecemos a eles três opções: Islã; o contrato dhimma — envolvendo o pagamento de jizya; se recusarem, não terão nada além da espada”, afirmou o grupo, na época.

Perseguição a cristãos em Moçambique

Moçambique é o 41º na Lista Mundial da Perseguição 2022, que classifica os 50 países em que os cristãos são mais perseguidos. 

Para os cristãos no país, a opressão islâmica é a forma mais comum de perseguição. De acordo com um parceiro da Portas Abertas, os ataques islâmicos radicais eliminaram a vida de muitos seguidores de Jesus.  

A brutalidade dos jihadistas aumentou e um dos grupos extremistas tem ligações com o Estado Islâmico.



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