Militantes do Estado Islâmico forçaram, em uma única noite, cerca de 100 mil cristãos a fugir da cidade de Mossul, no Iraque, em junho deste ano.
Ao compartilhar detalhes, Douglas Bazi, um líder cristão iraquiano, relatou ao jornal Daily Express que os milhares de cristãos que fugiram deixaram seus bens para trás e ficaram sem dinheiro. Aqueles que permaneceram na cidade, tiveram que pagar a Jizya — um imposto destinado aos não-muçulmanos, equivalente a mais de um ano de salário. As pessoas que não podiam pagar, foram decapitadas.
"Antes de 2003, havia dois milhões de cristãos no Iraque. Agora nós somos talvez 180 mil", disse Bazi. "Pelo menos 1.800 cristãos foram mortos desde 2003 no Iraque. É por isso que as pessoas estão com medo."
Para reforçar a difícil situação das pessoas que permanecem em Mossul, Bazi contou sobre o caso de um dentista que atendeu um militante do EI e foi obrigado a receber uma escrava sexual yazidi como pagamento. Se a garota fosse recusada pelo dentista, ele seria morto.
No entanto, o dentista conseguiu levar a jovem até sua família — que não a recebeu com a mesma alegria. "Ele ficou chocado. A família disse a ele que ela não era mais virgem, então não poderiam mais ficar com ela", relatou Bazi.
O líder também disse que muitos cristãos estão com medo de expôr as atrocidades causadas pelos militantes, por medo de colocar em risco sua família e amigos que ainda estão em Mossul.
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