Estado Islâmico supera Al-Qaeda como líder do terrorismo global, segundo relatório

Para o Departamento de Estado dos EUA, as ameaças que representam a Al-Qaeda diminuíram em 2014. "A liderança da Al-Qaeda também parece ter perdido o ímpeto frente ao movimento de liderança global e à rápida expansão do Estado Islâmico", além das perdas significativas de seu domínio no Paquistão e Afeganistão.

Fonte: Guiame, com informações de G1Atualizado: segunda-feira, 22 de junho de 2015 às 20:33
O Estado Islâmico (EI) ultrapassou a Al-Qaeda como principal grupo terrorista no mundo.
O Estado Islâmico (EI) ultrapassou a Al-Qaeda como principal grupo terrorista no mundo.

 

O Estado Islâmico (EI) ultrapassou a Al-Qaeda como principal grupo terrorista no mundo, de acordo com o relatório anual sobre terrorismo do Departamento de Estado dos Estados Unidos. O documento destaca a forte capacidade do grupo em recrutar militantes estrangeiros e espalhar sua mensagem pelo mundo.

O relatório também aponta que em 2014 houve o aumento de 35% em ataques terroristas em comparação ao ano anterior. Por outro lado, os ataques são mais concentrados em alguns países como Iraque, Paquistão, Afeganistão, Índia e Nigéria, que representam mais de 60% de todos os atentados destes grupos.

De acordo com o governo norte-americano, a disseminação da brutalidade do EI, aliada à capacidade de arquitetar ataques, ajudou o grupo a "superar" a Al-Qaeda como grupo líder do terrorismo mundial. Os dois grupos estão adaptando suas táticas para torná-las mais brutais e difíceis de rastrear.

Para o Departamento de Estado dos EUA, as ameaças que representam a Al-Qaeda diminuíram em 2014. "A liderança da Al-Qaeda também parece ter perdido o ímpeto frente ao movimento de liderança global e à rápida expansão do Estado Islâmico", além das perdas significativas de seu domínio no Paquistão  e Afeganistão.

Os EUA também reconhecem a habilidade do EI em utilizar as "redes sociais mais populares", como YouTube, Facebook e Twitter, para disseminar sua mensagem pelo mundo e recrutar seguidores de "forma ampla".

Um aumento de 81% nas mortes do ano passado foi atribuído, em parte, como resultado de ataques excepcionalmente letais, diz o documento, que cita ainda táticas agressivas e brutalidade nas ofensivas, como decapitações, crucificações e ataques em massa. Sequestros e detenção de reféns também aumentaram, segundo o governo norte-americano.

Síria
O documento também conclui que a guerra civil na Síria, ainda em andamento, teve um papel significativo no terrorismo mundial em 2014. "A taxa de terroristas estrangeiros que viajaram para a Síria – totalizando mais de 16 mil de mais de 90 países – ultrapassou o número de terroristas estrangeiros vindos do Afeganistão e Paquistão, Iraque, Iêmen ou Somália em qualquer período dos últimos 20 anos".

Muitos destes estrangeiros uniram-se ao Estado Islâmico que, pela "intimidação e exploração de problemas políticos, um ambiente de maior insegurança no Iraque e os conflitos na Síria, conseguiram apoio suficiente para conduzir operações militares complexas como tentativa de conquistar território ao oeste do Iraque e leste da Síria para formar um auto-declarado califado islâmico".

Boko Haram
O relatório destaca, ainda, o grupo terrorista Boko Haram, que tem base na Nigéria, dividindo com o EI o mesmo nível de brutalidade em suas táticas, como apedrejamentos e escravidão de crianças. Ainda que o Estado Islâmico tenha sido responsável pelo maior número de ataques em 2014, o número de mortes causadas pelo grupo nigeriano não fica muito atrás, diz o documento.

 

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