Governo do Sudão proíbe que pastores falem sobre a perseguição religiosa no país

O governo sudanês ordenou aos líderes religiosos que não falassem publicamente sobre a perseguição aos cristãos e a demolição de igrejas no país.

Fonte: Guiame, com informações de Christian TodayAtualizado: sexta-feira, 10 de março de 2017 às 15:00
Líderes religiosos não poderão falar publicamente sobre a perseguição aos cristãos. (Foto: Reprodução)
Líderes religiosos não poderão falar publicamente sobre a perseguição aos cristãos. (Foto: Reprodução)

Os Serviços Nacionais de Inteligência e Segurança (NISS) do Sudão ordenaram aos líderes religiosos que não falassem publicamente sobre a perseguição dos cristãos e a demolição de igrejas no país, de acordo com a rádio sudanesa Tamazuj.

O Rev. Mubarak Hamad, presidente do Conselho de Igrejas do Sudão, recebeu ordens para se apresentar à sede do NISS todos os dias com outro líder religioso, depois de pedir que o governo parasse de demolir igrejas em uma coletiva de imprensa.

Durante os encontros, os pastores foram ordenados a não falarem publicamente sobre as questões que envolvem a perseguição sem a autorização do órgão do governo.

"Eles me disseram para não falar sobre a demolição das igrejas e dos dois pastores que estão presos”, disse Hamad à Rádio Tamazuj, se referindo aos líderes que foram detidos depois que um missionário checo, Petr Jašek, foi libertado pelo governo.

Jašek passou 14 meses preso sob o opressivo regime islâmico do Sudão, acusado de incitar o ódio e participar de espionagem. Ele estava no país investigando os casos de perseguição aos cristãos e foi inicialmente condenado a 24 anos de prisão.

Enquanto esteve detido, Jašek relata que foi espancado e torturado. Ele também exortou os cristãos livres a orarem por aqueles ainda estavam presos.

Segundo Hamad, os líderes cristãos se tornaram alvos em uma forte repressão do governo. Pelo menos 25 igrejas estão programadas para serem demolidas, sob a justificativa de terem sido construídas ilegalmente. No entanto, os oficiais das igrejas dizem que compraram as terras legalmente e têm documentos que comprovam a propriedade.

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