Lutador cristão usa dinheiro do MMA para ajudar tribo perseguida do Congo

Justin Wren usa o lucro de suas vitórias para financiar um projeto social de apoio à tribo dos 'Pigmeus Bambuti'. Eles são vítimas do canibalismo de outras tribos no Congo.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quarta-feira, 7 de junho de 2017 às 12:01
Lutador de MMA Justin Wren junto com os Pigmeus Bambuti, do Congo. (Foto: Facebook)
Lutador de MMA Justin Wren junto com os Pigmeus Bambuti, do Congo. (Foto: Facebook)

Um lutador de Artes Marciais Mistas que se tornou cristão há cerca de seis anos está usando suas habilidades como lutador profissional para ajudar uma tribo necessitada do Congo.

Justin Wren, um lutador de MMA, cujos registros atualmente representam 13 vitórias e 2 derrotas, explicou na Encontro de Pais de Adolescentes de 2017 - realizado pela organização cristã 'Colson Center' - na última terça-feira, que ele usa o lucro de suas vitórias em lutas para ajudar a financiar e difundir projeto sociais, especificamente aqueles que beneficiam os pigmeus do Congo.

Wren enfatizou que, ao contrário das lutas que ele lutou antes de se tornar um cristão, agora que ele usa seus lucros para ajudar a melhorar as vidas de outras pessoas no Congo - o que dá um significado ainda maior para o esporte que ele sempre gostou.

"Quando eu ganho, recebo o dinheiro da vitória e uso o bônus para perfurar mais poços. E se eu não ganhar, então não consigo isso. Portanto, há muita pressão", disse Wren.

"Quão legal seria ser capaz de dar sempre? Lutar e vencer, e dizer: 'não ganhei apenas uma luta, mas na verdade eu ganhei por eles. Ganhei para que possamos perfurar poços", acrescentou.

Wren passou a detalhar algumas das grandes dificuldades que os pigmeus do Congo enfrentam, como por exemplo, serem considerados "sub-humanos" por muitas pessoas e, muitas vezes, não terem acesso a serviços humanos básicos.

O lutador de MMA falou sobre uma prática perturbadora de canibalismo, adotada por alguns grupos de guerrilha locais para comer pigmeus e "ganhar força" - o que é confirmado por descobertas de uma investigação das Nações Unidas em 2003.

A ONG de Wren, 'Fight for the Forgotten' ('Lute pelos Esquecidos'), se concentra em ajudar a desenvolver uma vida sustentável para os pigmeus da tribo Bambuti.


MMA e Cristianismo
Ainda se coloca muito em debate sobre como o cristianismo e a luta profissional poderiam (ou não) ser compatíveis. Adam Groza, do Seminário Teológico Batista 'Golden Gate' escreveu uma coluna para a imprensa da denominação, expressando sua forte opinião contra os cristãos que atuam no MMA.

"O UFC e o MMA representam pornografia por violência, um termo que foi aplicado a filmes com violência desqualificada, como 'SAW', onde a violência não faz simplesmente parte do enredo, mas é a atração em si", escreveu Groza.

"A violência por causa da violência, em oposição à violência instrumental ou redentora, dessensibiliza o espectador ao horror gráfico de ver duas pessoas brigarem por causa do entretenimento. O UFC e o MMA oferecem exatamente o tipo de violência condenada no Salmo 11:5. Ezequiel 7:23 diz: 'a cidade está cheia de violência'. Por que os cristãos estão apoiando a violência na cidade?", acrescentou

Em contraste, Dave Hatfield, da Igreja 'Victory Christian', um ministério que atua no MMA, disse ao The Christian Post em uma entrevista de 2011 que o esporte pode ser usado como uma ferramenta de evangelismo para homens jovens.

"Eu acredito que Deus deu a cada um de nós um desejo divino de conquistar e superar... é por isso que eu acredito que os caras estão em esportes como futebol e MMA", argumentou Hatfield.

"Nós usamos nosso alcance de MMA para explorar o desejo natural dos homens de conquistar e competir e apontá-los para o Criador e o fato de que Ele tem planos para que eles se tornem não apenas filhos amados, mas também guerreiros para Ele", destacou.

Wren explicou que ele acredita que o ambiente do MMA é um bom lugar para ser uma testemunha, ou, como ele mesmo disse: "ser uma luz".

"Pode haver coisas realmente legais que acontecem neste esporte e para as pessoas que nunca pisariam em uma igreja. Eles não vão pisar lá, mas nós vamos até eles, com um tipo de camuflagem e simplesmente os encorajamos", disse ele.

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