Minoria religiosa no Afeganistão, cristãos vivem sob constante ameaça de morte

De acordo com o último relatório da CSW sobre minorias religiosas no Afeganistão, cerca de 10.000 a 12.000 cristãos vivem no país.

Fonte: Guiame, com informações do ForbinfullAtualizado: sexta-feira, 24 de março de 2023 às 14:12
Cristãos no Afeganistão precisam se esconder para não serem descobertos. (Foto: Reprodução/Forbinfull)
Cristãos no Afeganistão precisam se esconder para não serem descobertos. (Foto: Reprodução/Forbinfull)

No dia 15 de agosto de 2021, após a retirada das forças militares dos EUA, o governo afegão entrou em colapso e o controle da capital do país foi assumido pelo Talibã.

Embora o Talibã tenha prometido não “buscar vingança”, as garantias foram rapidamente questionadas devido a relatos execuções sumárias, casamentos forçados, desaparecimentos e assassinatos de membros de minorias étnicas.

De acordo com o último relatório da CSW sobre minorias religiosas no Afeganistão, cerca de 10.000 a 12.000 cristãos que vivem no país, a maioria dos quais são convertidos do islã e, portanto, considerados "apóstatas", também foram forçados a fugir de suas casas.

Aqueles que ainda permanecem no país vivem sob constante ameaça de morte, caso sejam descobertos pelas autoridades ou grupos extremistas sunitas como o Talibã.

Extremamente perigoso

O Afeganistão tornou-se um lugar extremamente perigoso para qualquer pessoa que não siga a estrita interpretação do islamismo sunita promovida pelo Talibã, como muçulmanos de outras vertentes e aqueles que se converteram ao cristianismo.

Assim, os cristãos são uma minoria religiosa muito vulnerável e frequentemente alvo de violência e perseguição por parte de extremistas.

Eles correm risco de vida se suas crenças religiosas forem descobertas pelas autoridades ou grupos extremistas.

Refugiados

Aqueles que conseguem fugir do país em busca de asilo enfrentam grandes desafios e riscos, pois muitos países não reconhecem o direito à proteção de refugiados com base em perseguição religiosa e enfrentam dificuldades em acolher adequadamente os refugiados afegãos.

Mesmo aqueles que conseguiram fugir do país em busca de asilo em outros lugares encontram pouca segurança. Muitos países que deveriam ser responsáveis por fornecer asilo a refugiados afegãos estão enfrentando crescentes desafios na proteção e acolhimento de pessoas que fogem da violência e da perseguição.

Outra minoria religiosa, a comunidade judaica também foi duramente perseguida no país. Em setembro de 2021, Zebulon Simentov, o último membro dessa comunidade no Afeganistão, precisou fugir do país.

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