Muçulmanos incendeiam a casa do próprio filho, ao descobrirem que ele se tornou cristão

"Eu não poderia negar a Cristo, quando meu pai me perguntou se eu tinha me convertido ao cristianismo", disse o jovem Mohamed Nsera sobre o momento em que foi interrogado por seus parentes sobre sua decisão.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quarta-feira, 16 de março de 2016 às 17:50
Jovens cristãos participam de culto em igreja de Uganda. (Foto: Morning Star)
Jovens cristãos participam de culto em igreja de Uganda. (Foto: Morning Star)

Um casal de muçulmanos incendiou a casa de seu filho no leste de Uganda, depois de saber que o rapaz abandonou o islamismo para entregar sua vida a Jesus Cristo, segundo relatos do líder de um grupo de vigilância de perseguição religiosa relatou.

Depois que Mohammed Nsera, um adolescente nigeriano que vive na aldeia predominantemente cristã de Katende, em Uganda, formou-se no ensino médio no ano passado, seus pais muçulmanos, gentilmente construíram uma pequena casa no mesmo terreno de propriedade da família como um presente de formatura.

Segundo a agência internacional de notícias cristãs 'Morning Star', Nsera entregou sua vida a Cristo em 3 de janeiro, depois que ele ouviu falar sobre o poder da salvação por Jesus em um evento evangelístico e mais tarde teve um sonho em que Jesus apareceu para ele. A notícia da conversão de Nsera atraiu a ira de seus pais, seu tio e seus seis irmãos.

Após uma semana da conversão de Nsera, seu pai soube da notícia. Quando o pai e o tio do rapaz foram para a pequena casa que eles construíram para o adolescente, com a intenção interrogá-lo sobre o 'boato' de sua conversão, o jovem não escondeu a verdade.

Como a família de Nsera é parte de uma minoria muçulmana fundamentalista no leste de Uganda, seu tio e seu pai não gostaram de ver a alegria do rapaz ao admitir que ele realmente estava convertido ao cristianismo e havia, de fato, deixado o islamismo.

Como resultado, o rapaz foi agredido pelo pai e pelo tio, mas conseguiu, com reflexos rápidos, escapar pela porta, sem maiores danos.

"Eu não poderia negar a Cristo, quando meu pai me perguntou se eu tinha me convertido ao cristianismo", disse Nsera à agência 'Morning Star'. "Com muita alegria eu lhe respondi afirmativamente, com um sim. Meu tio, que tinha uma bengala, bateu-me nas minhas costas, e meu pai tentou me pegar pela minha camisa, mas eu consegui escapar dali com uma camisa esfarrapada e sangrando".

A 'Morning Star' relatou que Nsera fugiu para a casa de um amigo cristão, localizada a pouco menos de 21Km da propriedade de seus pais. Foi lá que ele ouviu a notícia de que seus pais haviam incendiado a casa que tinham construído para ele.

"Eu recebi relatos de que meus pais, tio e alguns outros muçulmanos estavam procurando por mim", explicou Nsera. "Eu perdi meus pertences todos, inclusive os meus diplomas".

Com a família de Nsera e outro muçulmano radical agora tentando pegar o rapaz, a possibilidade real é que sua família tente vingar a traição ao islamismo, como uma forma de "crime de honra" - como muitas outras famílias muçulmanas fazem contra os convertidos cristianismo dentro de suas famílias.

Depois de ouvir a notícia de que sua família está procurando por ele, Nsera decidiu fugir para outro lugar ainda mais longe da casa de seus pais. Ele está agora se refugiando em outra aldeia, localizada a quase 100Km da aldeia de seus pais, onde um pastor, graciosamente, deu-lhe abrigo.

"Mohammed precisa de apoio para continuar seus estudos", disse o pastor não identificado em uma entrevista à 'Morning Star'. "Minha igreja, que foi fundada recentemente, ainda é pequena".

Mesmo que os cristãos constituam cerca de 85% dos cidadãos de Uganda, eles vivem constantemente sob ataques e ameaças por causa de sua fé cristã. Notavelmente, os convertidos do islamismo para o cristianismo se preocupam com sua segurança, uma vez que a sua conversão é considerada uma "apostasia".

Em Junho de 2015, uma mãe de 11 filhos foi envenenada por seus sogros muçulmanos depois que ela e seu marido, um ex-professor da escola islâmica, se converteram ao cristianismo. A 'Morning Star' relatou que a cunhada de Namumbeiza Swabura colocou veneno em uma refeição da recém-convertida. Acredita-se que a cunhada tenha sido provavelmente paga para matar Swabura.

Em outubro passado, a mãe de oito filhos foi arrastada de sua casa e espancado até a morte por uma multidão muçulmana depois que seu marido se converteu ao cristianismo.

Em 18 de dezembro, cinco cristãos no leste de Uganda foram mortos, depois que um pesticida foi colocado em sua comida durante um estudo bíblico. Cinco dias depois, um pastor de Uganda oriental foi esfaqueado até a morte.

Em janeiro deste ano, um outro cristão convertido no leste de Uganda chamado Laurence Maiso foi espancado até a morte e seu corpo foi encontrado em uma poça formada por seu próprio sangue. Um imã [líder muçulmano], que mais tarde foi preso durante as investigações do assassinato, teria perguntado Maiso antes de sua morte: "Você sabia que Alá não quer que a gente tenha um vizinho 'kafir' [infiel]?".

"E você deve sabe que Alá está prestes a enviar-lhe o Anjo da Morte em sua casa", advertiu o imã a Maiso, de acordo com a sua esposa. "Por favor, prepare-se para encontrá-lo a qualquer momento".

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