Mulher sequestrada por terroristas durante 3 anos permanece fiel: “Deus me salvou”

Ela canta louvores a Deus e aponta para a Sua bondade, apesar do período sombrio que viveu no cativeiro com suas filhas.

Fonte: Guiame, com informações da Global Christian ReliefAtualizado: quarta-feira, 15 de março de 2023 às 16:37
Mulher que foi sequestrada por extremistas islâmicos. (Foto: Reprodução/Global Christian Relief)
Mulher que foi sequestrada por extremistas islâmicos. (Foto: Reprodução/Global Christian Relief)

Miriam* e suas duas filhas pequenas, foram sequestradas e passaram três anos em cativeiro acompanhadas de um grupo terrorista islâmico. A mulher que já era casada, foi forçada a se casar com um muçulmano e engravidou de um extremista. Antes de escapar, ela deu à luz ao bebê.

Um domingo, enquanto seu marido estava em outra cidade, Miriam voltava da igreja, quando terroristas cercaram sua aldeia.

“Alguns deles apontaram armas para nós e nos levaram para dentro do complexo, outros cercaram o quintal”, lembrou ela.

Segundo a Global Christian Relief, Miriam orou constantemente durante a invasão. Seu pastor, que morava no mesmo complexo, foi amarrado, vendado e conduzido à igreja onde os extremistas levaram todas as Bíblias.

A maioria dos cristãos foram liberados, mas Miriam, suas duas filhas, o pastor e sua família foram levados em motocicletas durante a fuga dos invasores. 

Durante o cativeiro

De acordo com a Global Christian Relief, os terroristas eram extremistas islâmicos que mantém laços com a Al-Qaeda. O grupo está ativo na Burkina Faso, África e são conhecidos por terem como alvo os cristãos.

“Eles disseram que seu livro sagrado lhes diz para matar todos os não-muçulmanos. E acreditam que apenas aqueles que acreditam no Alcorão poderão ver Deus”, disse Miriam.

No acampamento dos terroristas, Miriam contou que os extremistas mataram pessoas que se recusaram a seguir ordens, tamanha era a brutalidade do grupo. Ela foi dada a um dos homens como sua esposa e ficou tão horrorizada que desmaiou.

Com o tempo, ela percebeu que estava grávida, mas “confiava que a vontade de Deus seria feita, não importa o que acontecesse”.

Depois que Miriam deu à luz, ela fez planos para fugir com suas filhas. Elas esperaram o momento certo e, finalmente, durante uma noite fugiram. 

Acharam um lugar para se esconder no mato onde puderam descansar. Depois de caminhar por cinco dias, elas encontraram alguém que as ajudou a voltar para casa. 

De volta ao lar

Cheia de cicatrizes na alma, ela voltou para casa e precisou reconstruir a vida. Ao reencontrar o marido, Miriam não sabia se ele a aceitaria de volta com o novo bebê. “Graças a Deus ele aceitou a criança” e ela pode se concentrar nas promessas que Deus ainda tinha para sua vida.


Miriam e uma de suas filhas. (Foto: Reprodução/Global Christian Relief)

“Deus é quem criou os céus e a terra, e Ele vai cuidar de tudo”, afirmou Miriam. 

“Deus me manteve viva, me salvou e me trouxe de volta para minha família. Da mesma forma, meu futuro está em Suas mãos”, acrescentou ela.

Hoje, Miriam e sua família recebem apoio dos parceiros da missão Global Christian Relief, junto com encorajamento espiritual e “ministério de presença”.

Extremistas Burkina Faso

Burkina Faso era conhecido por ser uma nação onde diferentes religiões eram toleradas. Porém, cada vez mais, grupos extremistas islâmicos têm visado e assassinado dezenas de cristãos, deixando o país em uma crise política e humanitária.

Só em 2021, a Human Rights Watch (uma organização que realiza pesquisas sobre os direitos humanos), relatou que mais de 350 civis, sendo a maioria cristãos, foram mortos por esses grupos extremistas.

A agência de notícias Associated Press estima que mais de 2 milhões de pessoas foram sequestradas, entre elas, muitos cristãos. 

Em um caso recente relatado pela organização Ajuda à Igreja Que Sofre, radicais tomaram o controle de uma cidade, reuniram todos na mesquita e exigiram que se convertessem ao Islã. 

Os militantes islâmicos disseram ao povo: “Jesus veio, mas Sua missão acabou. Ele prometeu que seria seguido por um sucessor, e esse sucessor é Maomé”.

* Nome alterado por motivo de segurança.

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