O Estado Islâmico (EI) já cometeu inúmeros atos brutais contra mulheres cristãs e iáziges no Iraque e Síria. Agora, o grupo terrorista passou a usar mulheres capturadas com forma de premiar os vencedores de um novo concurso – o candidato que mais dominar os conhecimentos do Alcorão, recebe em troca uma escrava sexual. As informações são do Instituto de Pesquisa de Mídia do Oriente Médio e Projeto Clarion.
A prática de doar seres humanos como prêmio, chamada de "sibya", foi idealizada pelo Departamento Dawa e Mesquitas na província de Al-Baraka, na Síria, em celebração ao início do Ramadã. O concurso foi anunciado no dia 19 de junho através da conta do EI no Twitter, de acordo com os institutos de pesquisa que rastreiam as mídias sociais ligados a grupos terroristas.
De acordo com a publicação no Twitter, os dez primeiros colocados serão premiados, no entanto, apenas os três primeiros receberão uma escrava.
O concurso sírio ressalta dois temas principais do EI, de acordo com Ryan Mauro, analista de segurança nacional para o Projeto Clarion, em Nova York: Eles são os que mais se seguem o "verdadeiro" islã, e o Estado Islâmico é um estado "legítimo". O concurso e seus participantes demonstram que os militantes terroristas estudam o Alcorão, e o EI não está sendo afetado pela condenação internacional.
"Decorar o Alcorão é considerado algo piedoso e digno, e muitas competições de memorização são realizadas ao redor do mundo, especialmente durante o Ramadã", disse Clarion em seu relatório. "Acredita-se que o Ramadã é o mês em que Maomé recebeu de Alá a revelação do Alcorão."
Mulheres escravizadas
O tratamento de meninas e mulheres capturadas pelo EI tem se tornado cada vez mais horrível e preocupante, de acordo com numerosos ativistas de direitos humanos.
Em 2014, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos relatou 300 meninas e mulheres iáziges capturadas no Iraque foram forçados a se converter ao islamismo e foram vendidas para soldados do EI por mil dólares.
Em novembro passado, o EI divulgou um menu que apresentava diversos "tipos" de mulheres e crianças para venda. Mulheres com idades entre 40 e 50 anos eram vendidas por US$ 40, meninas entre 10 e 20 anos por US$ 129, e crianças menores de 10 anos trocadas por preços mais elevados.
Um representante das Nações Unidas sobre a violência sexual relatou, neste mês, que meninas e mulheres estão sendo negociadas por menos que um maço de cigarros, citando o testemunho de mulheres que conseguiram fugir.
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