No Brasil, Takoosh Hovsepian fala do preconceito e perseguição que sofre no Irã

"Quando estou em um país livre como o Brasil, me sinto até culpada. Penso 'nossa, eles não sofrem perseguição! Como assim?'”, indaga Takoosh

Fonte: guiame.com.brAtualizado: segunda-feira, 14 de julho de 2014 às 12:38
Takoosh
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TakooshDivulgado em março deste ano, um estudo realizado pela ONU mostra que os direitos das mulheres continua sendo desrespeitado na maioria dos países do Oriente Médio.

Segregação, mutilação de órgãos genitais, tortura, espancamento e punições por crime de honra são parte do cotidiano de milhares de mulheres.

Da mesma forma, expressar a fé sem sofrer algum tipo de perseguição também é um problema comum em alguns países. Takoosh Hovsepian, uma iraniana de 64 anos, é um exemplo disso. Casada com o pastor Haik Hovsepian, viu seu marido sair de casa para nunca mais voltar.

O pastor foi assassinado por forças do governo do Irã, pois mantinha uma igreja cristã em um país de maioria muçulmana. Agora Takoosh enfrenta problemas ainda maiores, além de mulher, ela é cristã e viúva.

Em passagem pelo Brasil junto com o filho Andre Hovsepian, ela fala de todas as dificuldades que já enfrentou.

“Nós somos de Teerã, a capital do Irã. Meus pais enfrentaram perseguição desde que começaram a igreja lá. Por exemplo, no meio dos nossos cultos, nós víamos os vidros das janelas de nossa igreja quebrados por pessoas que não queriam que ficássemos lá”, conta Andre.

Takoosh conta que as meninas Irã são proibidas de assistir televisão, o que é comum para garotas do ocidente. “Quanto maior a perseguição, mais nós mantemos nosso amor por Deus, porque isso nos traz paz e amor para continuarmos a viver no Irã”, diz ela.

Igrejas subterrâneas são refúgio para cristãos que se encontram para compartilhar a Palavra de Deus. Mas André frisa que quando estão em uma dessas igrejas, olham continuamente para os lados com medo de que alguém entre e faça um estrago.

"Quando estou em um país livre como o Brasil, me sinto até culpada. Penso 'nossa, eles não sofrem perseguição! Como assim?'”, indaga Takoosh.


com informações do R7

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