ONU precisa reconhecer genocídio do Estado Islâmico contra cristãos, exigem ativistas

O Centro Americano de Direito e Justiça enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, exigindo que ele reconheça o genocídio praticado pelo Estado Islâmico contra minorias religiosas.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quinta-feira, 27 de abril de 2017 às 12:05
Estado Islâmico executou 21 cristãos coptas em fevereiro de 2015. (Imagem: Youtube)
Estado Islâmico executou 21 cristãos coptas em fevereiro de 2015. (Imagem: Youtube)

O Centro Americano de Direito e Justiça (ACLJ) está instando o novo secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, a tomar medidas sobre o genocídio dos cristãos no Oriente Médio.

"Em nossa carta, instamos as Nações Unidas a declararem que as atrocidades em curso cometidas pelo Estado islâmico e grupos associados constituem genocídio e que os vitimados por este genocídio incluem os cristãos", escreveu o ACLJ na última terça-feira (25).

"Também pedimos ao secretário-geral que se comunique com todos os escritórios apropriados das Nações Unidas e mobilize a comunidade internacional para tomar medidas rápidas e decisivas", acrescentou o grupo de advogados conservadores.

A carta, que apresenta o Centro Europeu de Direito e Justiça a Antonio Guterres, compartilha uma longa lista de horrores que os cristãos e outras minorias religiosas e sectárias sofreram nas mãos do Estado Islâmico no Iraque e na Síria e em outros países da região.

"Na Síria, o Estado islâmico decapitou e apedrejou homens, mulheres e crianças por blasfêmia, heresia e apostasia. Uma cristã síria descreveu 'cristãos sendo mortos e torturados e... crianças sendo decapitadas na frente de seus pais", disse parte da carta.

Outras brutalidades incluem o sequestro em massa de cristãos assírios; Tortura pública de crianças e adultos por se recusarem a negar sua fé em Cristo; Uma menina cristã de 12 anos sendo queimada até a morte, por combatentes radicais em Mosul; Juntamente com vários casos de estupro e escravidão sexual, aos quais mulheres cristãs também foram submetidos.

"É indiscutível que o Estado Islâmico (também conhecido como ISIS, ISIL ou Daesh) está visando cristãos e outras minorias religiosas na Síria e no Iraque, por causa da fé dessas pessoas, com a intenção de exterminá-los. Esses horríveis atos de violência estão se espalhando pelo mundo", acrescentou o documento.

O ACLJ pediu à ONU para reconhecer o genocídio e tomar medidas para ajudar as minorias perseguidas em várias ocasiões, e já enviou cartas ao ex-secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, ao Gabinete da Assessora Especial para a Prevenção de Genocídios, Samantha Power, e à embaixadora dos EUA junto à ONU, Nikki Haley.

O grupo de advogados disse a Guterres em sua última carta que a comunidade internacional tem a responsabilidade de enfrentar o genocídio.

"O Holocausto permanece como uma lembrança contundente e implacável da perda imensa e imperdoável de vidas humanas que ocorre quando as nações não agem rapidamente, não intervêm atempadamente para impedir outros atos bárbaros de genocídio", disse a carta.

"A cada dia que passa, mais e mais vidas perdem-se neste genocídio: a comunidade internacional não pode mais deixar de agir rapidamente, mas deve aprender com a história e agir com rapidez e determinação", acrescentou o texto.

Guterres, que assumiu o papel de secretário-geral no início deste ano, é um católico romano praticante, segundo informou a CNN em dezembro de 2016.

Antes de seu último cargo, Guterres serviu como Alto Comissário da ONU para os Refugiados entre 2005 e 2015, posição onde ele abordou a iminente crise migratória, resultante da guerra com o Estado Islâmico.

Em março, ele expressou a esperança de que o Estado Islâmico seja erradicado em breve do Iraque com a esperada libertação de Mosul.

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