Desde a sua fundação, em 1947, o Paquistão viveu seu pior ataque no ano de 2013, no qual 89 cristãos foram mortos por dois homens-bomba do lado de fora de uma igreja em Peshawar.
Uma das centenas de cristãos que se reuniu na igreja em Peshawar para o culto matinal no dia 22 de setembro, Nussrat* acordou no hospital sem saber onde estava, após ser socorrida no ataque.
Duas explosões destruíram o completo em que a igreja estava reunida. Naquele momento, dúzias de pessoas foram vítimas, enquanto dois homens explodiam a si mesmos e com suas gargantas feridas gritavam “Allah Akbar!” (“Ala é grande!”). Num instante, rolamentos de esferas, pregos e outros fragmentos com uma força cortante voaram destruindo tudo o que estava em seu caminho. Na contagem final, mais de 120 pessoas foram mortas. O impacto foi tão grande que a maioria dos mortos não pôde ser identificada.
"Aqui na fronteira com o Afeganistão, onde os recém-eleitos simpatizantes dos talibãs estão no poder, tem havido uma crescente mostra de hostilidade contra os cristãos. ma carta foi enviada pelo Talibã reivindicando a responsabilidade pelo atentado, dizendo que foi organizado e executado para que os cristãos saibam que não são bem-vindos ao Paquistão”, disse um pastor trabalha junto com os parceiros do ministério de liderança da Portas Abertas.
O pastor Gill foi ao hospital e encontrou Nussrat entre os pacientes vítimas do atentado e ninguém de sua família ainda tinha sido ido vê-la. “Espero conseguir encontrar algum parente que possa vir visitá-la e nos ajude a contar-lhe sobre sua família”, disse ele. “É importante para ela ao lidar com o estresse pós-traumático: reconhecer um membro da família que lhe dê esta notícia”, disse o pastor.
Após seis meses do mais mortal de todos os ataques aos cristãos paquistaneses, as equipes de igrejas parceiras da Portas Abertas continuam trabalhando e ministrando às famílias traumatizadas.
“Lembramos a estes irmãos que sofrem que eles são parte de nossa família em Cristo, e são amados em oração, apoiados ao redor do mundo”, disse um dos conselheiros da equipe. “Somos parte de um corpo, uma família eterna e quando nós sofremos, todo o corpo sofre com a gente. Ore para que nós possamos confortá-los de que, verdadeiramente, eles não estão sozinhos. Peça ao Senhor que nos dê palavra para falar-lhes sobre o seu isolamento, medo e desespero, como Cristo quer que façamos!“
*Nomes alterados por motivos de segurança
com informações da Portas Abertas