Pastor continua desaparecido, enquanto campanha contra o cristianismo cresce na China

Zhang não foi visto desde 08 de setembro, quando ele estava voltando de uma viagem de negócios a Xangai - cerca de 500 quilômetros ao norte de sua casa, na aldeia Gaosha, no condado de Pingyang.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: quinta-feira, 17 de setembro de 2015 às 15:06
Igreja cristã chinesa
Igreja cristã chinesa

A preocupação é crescente para os ativistas de direitos humanos e pastores de uma igreja com relação à força que a campanha de demolição cruzes na costa leste da China tem alcançado.

Segundo a organização de direitos humanos 'China Aid', sediada nos Estados Unidos, o pastor Zhang Chongzhu da Igreja Divino Amor, na província de Zhejiang ainda está desaparecido e acredita-se que ele esteja sendo mantido preso pelas autoridades chinesas.

Zhang não foi visto desde 08 de setembro, quando ele estava voltando de uma viagem de negócios a Xangai - cerca de 500 quilômetros ao norte de sua casa, na aldeia Gaosha, no condado de Pingyang.

Ele já havia sido detido pela polícia em 25 de agosto, depois de uma reunião com o advogado Zhang Kai, que agora está cumprindo uma sentença de seis meses na chamada "prisão negra", por suspeita de pôr em perigo a segurança do Estado e perturbar a ordem pública.

Zhang Kai tinha representado igrejas que lutam contra as ordens de remoção de suas cruzes em meio a uma repressão aos lugares de culto na região, enquanto o pastor Zhang Chongzhu apelou publicamente para que os cristãos se oponham às demolições.

Autoridades da região Zhejiang também se recusam a libertar o diácono Zhang Zhi, segundo relatórios da 'China Aid'. Ele foi preso em sua casa e condenado a uma detenção administrativa de cinco dias, na segunda-feira da semana passada (7 de setembro), depois de sua igreja chamada 'Xianqiao' reerguer uma cruz que anteriormente tinha sido demolida sob ordens oficiais.

Zhang deveria ser libetado ao final da semana passada, mas em vez disso foi transferido para o Centro de Detenção de Wenzhou. Sua casa foi revistada e seu celular foi supostamente 'confiscado' durante a investigação.

As prisões seguem em dois anos de regulamentações cada vez mais rígidas, impostas sobre as igrejas de Zhejiang pelo partido comunista na China (CPC). As estimativas variam, mas acredita-se que cerca de 1.700 igrejas estão tenham sido demolidas ou tiveram suas cruzes removidas desde que o governo provincial lançou em março de 2013, uma campanha de três anos para demolir igrejas ou remover as cruzes de seus templos.

Na época do lançamento da campanha, funcionários do governo disseram que o projeto teria como objetivo expor e remover estruturas ilegais na província de Zhejiang, embora acredita-se amplamente que as igrejas têm sido sempre o verdadeiro alvo destas ações. Ativistas dizem que o Partido Comunista está cada vez mais desconfiado da influência do cristianismo, que está experimentando um crescimento significativo na China.

O enviado dos EUA para representar a liberdade religiosa, David Saperstein tem citado a detenção de Zhang Kai como um caso que tem "desenvolvimento particularmente alarmante" e pediu a sua libertação imediata, juntamente com uma série de líderes religiosos que foram presos no dia anterior a um encontro que teriam com Saperstein.

"Não pode haver nenhuma desculpa para a detenção desses líderes religiosos que nem chegaram a se reunir comigo", disse Saperstein.

"Estas detenções se encaixam no padrão preocupante de intimidação do Estado [chinês] de advogados de interesse público, ativistas da Internet, jornalistas, líderes religiosos ... Eles ressaltam claramente a precariedade da vida religiosa na China."

 

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