Pastor que foi torturado louva a Deus enquanto é libertado da prisão

Mesmo saindo da prisão com a saúde extremamente debilitada, Yang Hua decidiu louvar a Deus em uma atitude de gratidão.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quinta-feira, 21 de junho de 2018 às 15:17
Pastor Yam Hua foi torturado durante dois anos em uma prisão da China. (Foto: China Aid)
Pastor Yam Hua foi torturado durante dois anos em uma prisão da China. (Foto: China Aid)

Um pastor chinês da província de Guizhou, que foi torturado pelas autoridades para confessar acusações forjadas de espionagem, foi libertado da prisão na última terça-feira e a atitude do líder cristão diante da liberdade emocionou aos que o receberam. O pastor Yang Hua, da Igreja Pedra viva, irrompeu em uma atitude de louvor sincero a Deus com uma canção de adoração, depois de ter recebido sua liberdade.

A organização 'Christian Solidarity Worldwide' disse que depois de completar sua sentença de dois anos e meio, Yang foi libertado, podendo voltar para seus amigos e partidários, mas segundo eles, o líder cristão ainda está sofrendo com vários problemas de saúde não especificados e precisa de tratamento.

Yang estava preso desde dezembro de 2015, acusado por oficiais do governo de espionagem contra o Partido Comunista, depois de um ataque à sua igreja, onde seu computador e disco rígido foram levados.

O advogado de Shandong, Zhao Yonglin, argumentou em janeiro de 2017 que Yang havia sido torturado e abusado verbalmente para fazer uma confissão falsa, embora as autoridades tenham rejeitado as alegações.

O pastor também foi forçado a assistir ao fechamento da Igreja Pedra Viva - que ele liderava - depois que oficiais fecharam o escritório da igreja e suspenderam suas contas bancárias.

Yang e o pastor Su Tianfu, outro líder da igreja, foram multados em mais de US$ 1 milhão por arrecadar as chamadas doações "ilegais" dos membros da congregação, apesar de argumentarem que o dinheiro era dado livremente pelos crentes.

"Enquanto saudamos a libertação do pastor Yang Hua, reiteramos nossa crença de que ele nunca deveria ter sido julgado e condenado, em primeiro lugar. O pastor Yang Hua e o pastor Su Tianfu foram alvos por causa de sua liderança na Igreja da Pedra Viva, uma igreja independente, que se engajava em atividades religiosas pacíficas, servia sua comunidade e apoiava membros carentes da congregação", disse Mervyn Thomas, diretor executivo da CSW.

"Estamos extremamente preocupados com a opressão das autoridades às comunidades religiosas independentes na China, em particular o uso de detenções arbitrárias e tortura para pressionar os líderes religiosos a interromper suas atividades", acrescentou. "Pedimos às autoridades para cessar todo o assédio à Igreja Pedra Viva e outras igrejas independentes, e para liberar imediatamente e sem condições todos aqueles detidos em conexão com sua religião ou crença".

A ChinaAid - organização americana de apoio à igreja perseguida na China - forneceu mais detalhes sobre a libertação de Yang, observando que, enquanto estava na prisão, o pastor contraiu vasculite, o que o tornou incapaz de andar devido a cuidados médicos inadequados. Durante seu tempo na prisão, ele também desenvolveu diabetes.

Sua esposa, Wang Hongwu, revelou que o pastor 'começou a cantar em alta voz após sua libertação' na terça-feira, apesar de tudo o que ele passou.

"Embora meu marido tenha experimentado a desgraça, sua crença permanece firme", acrescentou Wang.

A ChinaAid argumentou que o julgamento e a sentença de Yang foram manipulados pelas autoridades, uma vez que os participantes da Igreja da Pedra Viva vazaram um documento confidencial mostrando que a corte recebeu uma ordem específica de funcionários do governo para atacar a igreja clandestina.

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