Pastor Saeed Abedini testemunha execução de seis companheiros de prisão: "Dia escuro"

Em um discurso no Centro Americano de Direito e Justiça, a esposa do pastor que está preso desde 2012 no Irã relatou que Saeed sente-se abalado após os fatos mais recentes.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: segunda-feira, 9 de março de 2015 às 12:23
Naghmeh Abedini tem batalhado pela soltura de seu marido, Pr. Saeed, que está preso injustamente desde 2012, no Irã.
Naghmeh Abedini tem batalhado pela soltura de seu marido, Pr. Saeed, que está preso injustamente desde 2012, no Irã.

Preso no Irã há quase dois anos e meio, o Pr. Saeed Abedini relatou que tem se sentido abalado, após a execução de seis companeiros de prisão terem sido executados próximos a ele nesta semana. O relato foi transmitido por sua esposa, Naghmeh Abedini, durante um discurso, no último sábado (7), no Centro Americano de Direito e Justiça (ACLJ).

"Saeed estava bastante abalado após ter que testemunhar 6 companheiros de prisão serem espancados e levados para serem executados (enforcados) naquele dia", relatou ela.

"Foi um dia duro e escuro ter presenciado isso e ver aquelas vidas sendo tiradas. A visita à prisão foi também muito dura, pelo fato de as famílias daqueles que foram executados estarem chorando e lamentando", acrescentou ela.

Naghmeh soube destas informações, depois de membros da família do Pastor Saeed no Irã terem conseguido fazer uma curta visita a ele na prisão.

"Foi também uma visita emocionante, pois o aniversário de 7 anos de de Jacob [filho] está próximo. A última vez Saeed viu Jacob, ele tinha 4 anos de idade", disse ela, exortando os cristãos a continuarem a orar pelo seu marido "para que ele tenha força para suportar a prisão dura e que Jesus continue a encontrá-lo lá".

"Por favor, orem para que este seja o ano em que Saeed será liberado", disse ela.

Pastor Saeed permanece em uma situação altamente perigosa, segundo a ACLJ. Representantes da organização explicaram que as execuções sumárias, reclusão violenta e espancamentos são comuns em casos com os de Saeed.

Saeed também sofreu ferimentos internos graves devido a espancamentos na prisão.

"O governo Obama deve fazer tudo que está ao seu alcance para trazer este homem que foi preso injustamente, este cidadão norte-americano para casa, para a sua família na América", diz a ACLJ.

Obama levantou a questão da detenção do pastor durante a sua primeira conversa por telefone com o presidente iraniano, Hassan Rouhani em setembro de 2013, mas as autoridades iranianas não responderam.

Saeed cresceu no Irã antes de converter-se ao cristianismo com a idade de 20 anos. Mais tarde, ele viajou algumas vezes com sua família para o Irã, a fim de conhecer alguns de seus parentes e realizar trabalhos cristãos.

Durante uma dessas viagens, em 2009, Saeed foi detido pelas autoridades iranianas e interrogado por sua conversão. Depois de ter sido liberado com uma advertência contra a engajar-se em atividades da Igreja, ele foi novamente preso em 2012, enquanto trabalhava no projeto para a construção de um orfanato.

Saeed foi acusado pelas autoridades iranianas de "colocar em risco a segurança nacional", mas a ACLJ acredita que a punição tem mais a ver com a fé cristã do pastor.

 

 

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