Profissionais reunidos pelo Instituto Hope House discutem o 'ensino criativo' dedicado a órfãos

O evento destinado a educadores, profissionais de assistência social e demais interessados, abordou a importância do ensino da arte como ferramenta de transformação social e os desafios enfrentados dentro das salas de aulas.

Fonte: Guiame, com informações da Assessoria de ImprensaAtualizado: terça-feira, 18 de agosto de 2015 às 12:06

 


Historiadora Fabiana Nicolau Seraidarian durante 2º Seminário de Capacitação Hope House. (Foto: Divulgação)

 

O que ensinar? Por que ensinar? Como ensinar? Esses foram alguns dos questionamentos provocados pelos palestrantes convidados para o 2º Seminário de Capacitação Hope House: Despertando o Ensino Criativo, que aconteceu neste sábado (15), na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), em Florianópolis. O evento destinado a educadores, profissionais de assistência social e demais interessados, abordou a importância do ensino da arte como ferramenta de transformação social e os desafios enfrentados dentro das salas de aulas.

Primeira a palestrar, a psicopedagoga Michelle Hirakuri tratou do tema “Educação e Criatividade” com o objetivo de incentivar os ouvintes a estimularem a criatividade de seus alunos. De acordo com Michelle, a educação criativa tem como alvo atrair a explorar o potencial do aluno individualmente, mesmo que o trabalho seja desenvolvido no coletivo, pois cada aluno responde de forma diferente. “O ser humano é um ser complexo, cheio de detalhes e o ponto de partida precisa ser o respeito”, comentou.

O evento seguiu com a participação da historiadora Fabiana Nicolau Seraidarian. Sua abordagem foi a “Arte e Cultura”. Fabiana propôs em sua fala uma reflexão sobre o ensino das artes, mais especificamente a História da Arte e as possibilidades para a produção de uma cultura artística dentro do ambiente de aprendizado. A historiadora destacou em sua apresentação o trabalho social realizado pelo Instituto Hope House, que desde 2013 busca promover qualificação de adolescentes vítimas de abandono moradoras de abrigos.

“Sou filha adotiva e existe um silêncio na minha história que quando não é problematizado é um grande problema. E se problematizo a partir da História da Arte posso reler a história que vivo”, testemunhou. “Nosso desafio enquanto professor é trazer e tornar essa história consciente. O aluno em situação de abandono com essa formação da consciência histórica é capaz de elaborar experiências vividas inserindo-as na orientação histórica”, completou Seraidarian.

 


Coach, palestrante e ator Lucas Cahet durante 2º Seminário de Capacitação Hope House. (Foto: Divulgação)


Convidando a plateia a fazer a diferença, o coach, palestrante e ator Lucas Cahet trouxe à tona o tema “Protagonistas da Educação”. Cahet relembrou dos primeiros passos no curso que o formou ator. “Um professor me disse: Você não está aqui só para aprender a ser ator. Aqui nós temos o compromisso de formar pessoas para serem bons cidadãos. Foi quando percebi que a formação artística tem a ver com a formação do ser humano. Um meio para um fim muito maior que é transformar um cidadão melhor”, explicou.

O evento contou também com a participação da professora da UDESC, Neide Köhler Schulte falou sobre "Economia Criativa" e expôs sua experiência de dez anos com o projeto Ecomoda, que busca caminhos sustentáveis aliando à arte, moda e criatividade contribuindo para um consumo ético e sustentável. 

Com foco na educação, formação, capacitação e qualificação de crianças e adolescentes órfãs e instucionalizados, o Instituto Hope House embasado em fundamentos cristãos trabalha com o intuito de recuperar a autoestima, despertando talentos e vocações. "Acreditamos que a arte é um elemento importante na construção de outros olhares e sentidos, em relação ao saber das competências, individuais e transitórias, porque se situa em polos aparentes opostos e contraditórios, entre razão e intuição, racionalidade e emoção, simplicidade e complexidade, entre o presente, o passado e o futuro", completou a presidente do Instituto Hope House, Themis Duranti.

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