“Meus pais nunca me mandaram para a escola. Eles enviaram meus dois irmãos, mas não me enviaram. Eu tive que ficar em casa e cuidar dos animais; tínhamos dois búfalos, duas vacas e 10 cabras”, conta Lalu, que vive no Nepal.
A mulher, hoje na maturidade, conta que as dificuldades da família fizeram com que ela conseguisse aprender a ler ou escrever. “Quando eu tinha 10 anos, minha mãe ficou com lepra e meu pai nos deixou [por causa da lepra dela]”, lembra Lalu.
As muitas dificuldades decorrentes da enfermidade da mãe deixavam o sonho de Lalu cada vez mais distante, até que algo inusitado aconteceu.
“Chegamos a Pokhara [Nepal], para o hospital de hanseníase. Foi aí que minha mãe se tornou cristã. E eles também me deram trabalho, ajudando a alimentar os pacientes”, conta.
Tempos depois, Lalu começou a ver que o Evangelho era verdadeiro e, como sua mãe, também se tornou cristã. “E o tempo todo, eu realmente queria ler a Bíblia, mas não podia, porque não sabia ler”, lembra.
O sonho de Lalu permanecia vivo e, aos 25 anos, quando sua filha foi para a escola, ela pensou que seria sua chance de aprender com a menina. “Ela aprendeu a ler e escrever e tentou me ensinar, mas não tínhamos muito tempo livre”, diz.
O sonho de Lalu só se tornou realidade quando ela tinha 30 anos. “Alguns amigos da igreja e os professores de uma escola [dominical] me ajudaram a aprender a ler. Eles foram tão gentis comigo”, conta.
“Aos 30 anos escrevi meu próprio nome pela primeira vez na minha vida. Depois, fui trabalhar e passei por uma placa que via todos os dias, durante anos. Pela primeira vez, eu pude ler as placas! Eu estava tão feliz!”, conta a mulher, que lentamente começou a ler a Bíblia.
“Eu amo os salmos. Meu favorito é o Salmo 25:1-2: ‘Em ti, Senhor meu Deus, confio. Eu confio em você; não me deixe envergonhado...’ Antes de me tornar cristã, senti muita vergonha, por causa da minha família, minha mãe com hanseníase, eu não tinha educação e não podíamos trabalhar. Naquela época, eu sempre me senti pequena. Mas quando li o Salmo 25, entendi que não precisava me sentir pequena e não precisava mais sentir vergonha...”, testemunha Lalu, cheia de felicidade.
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