Bianca Toledo relata detalhes de sua trajetória: 'Minha vida mudou quando eu morri'

A história de Bianca pode ser resumida em fortes capítulos: da cantora soprano que saiu muda do hospital em razão de uma traqueostomia; da mulher que chegou a 150 quilos pela retenção de líquido devido a falência dos rins; da mãe que segurou o filho nos braços, pela primeira vez, quando o bebê tinha sete meses.

Fonte: Guiame, com informações de Revista ÉpocaAtualizado: sexta-feira, 17 de julho de 2015 às 13:54
Bianca Toledo gravando vídeos para as redes sociais. (Foto: Stefano Martini/ÉPOCA)
Bianca Toledo gravando vídeos para as redes sociais. (Foto: Stefano Martini/ÉPOCA)

 

Bianca Toledo é prova viva de um milagre – nome que hoje leva seu ministério. Em outubro de 2010, quando estava grávida, o intestino de Bianca se rompeu. O bebê, que nasceu prematuro, se salvou, mas ela ficou 52 dias em coma. Passou quatro meses internada. Tinha 20% de chances de sobreviver. Fez 300 transfusões de sangue, dez cirurgias de abdômen, e sofreu falência de órgãos.

A missionária, que é parte da Igreja Batista Central da Barra, no Rio de Janeiro, hoje atua ministrando em igrejas de todo o País, compartilhando seu testemunho de vida e levando a cura de Jesus às pessoas. Ela relatou à Revista Época que já tinha o dom de cura, mas aumentou “mil vezes” depois do milagre. “Saí do hospital com o poder da fé ativado”, conta.

A história de Bianca, de 35 anos, pode ser resumida em fortes capítulos. O da cantora soprano que saiu muda do hospital em razão de uma traqueostomia; da mulher que chegou a 150 quilos pela retenção de líquido devido a falência dos rins; da mãe que segurou o filho nos braços, pela primeira vez, quando o bebê tinha sete meses; e da ajuda que precisou para trocar sua fralda.

A primeira mensagem que ela afirma ter recebido de Deus, ainda no hospital, foi “vou te restaurar por completo e te levarei a toda a Terra para você falar quem sou”. Hoje Bianca relatou suas experiências em três livros, e tem mais três para serem publicados até o fim do ano. Um documentário sobre ciência, fé e o episódio em que “ressuscitou” está em fase de produção. Bianca diz negociar os direitos com uma emissora aberta um programa de televisão. Até o fim de 2015, ela lançará uma rede de lojas para artigos cristãos e uma coleção de roupas. Talentosa para as redes sociais, a missionária alcança milhões de pessoas em um perfil no Instagram, um canal no YouTube e duas páginas no Facebook.

Trajeto difícil

Filha de pais católicos não praticantes, Bianca era a única da família que dizia amar a Deus. Nas agendas da escola, a mãe diz, desenhava um coração e escrevia o nome de Jesus no centro. Ela tentava conversar com Deus desde pequena – e agora, ouve mais claramente quando Ele responde.

Aos 16 anos, avisou a mãe, por telefone, que mudaria de Brasília para morar com o pai em Araçatuba, no interior de São Paulo, e ser evangélica. Quando decidiu investir publicamente na carreira de cantora, aos 20 anos, pediu ajuda ao atual senador Magno Malta (PR), de quem era amiga, para cantar num concorrido programa de calouros da época. Aos 25, a menina que cresceu gordinha avisou a família sobre uma cirurgia bariátrica. Tinha 1.63 e pesava 95 quilos. Para entrar nas exigências da operação, fez o que muitos médicos proíbem: engordou, em um mês, 20 quilos. Aos 29, convenceu a família que o namorado de quatro meses era o homem de sua vida. Mas ela conta que não foi.

Muitas outras situações fizeram parte do trajeto até o milagre. Ela contou do abuso sexual sofrido aos seis anos pelo pai de uma amiga; do uso de drogas ilícitas; da perda da virgindade aos 14 e da cirurgia para retirada de pele nas coxas, resultado do inchaço na UTI. A cirurgia foi feita “para não decepcionar nas núpcias” do segundo casamento com o pastor mineiro Felipe Heiderech.

Visão sobre o dinheiro

Bianca nasceu em uma família de empresários bem sucedidos. Seu bisavô fundou, há 50 anos, os cursos Toledo. Bruno, irmão mais velho de Bianca, é o atual reitor do Centro Universitário Toledo, com 5.500 alunos. Bianca não seguiu carreira na empresa da família e foi trabalhar em outra área, numa empresa de vendas, mostrando aptidão para marketing.

Ainda que o mercado gospel movimente R$ 150 milhões e cresça 6% ao ano, Bianca teme ser vista como empreendedora gospel.

Segundo a Associação Nacional da Livrarias Evangélicas, Bianca e seu testemunho de cura venderam, de forma independente, 500 mil exemplares. O total de vendas da missionária está próximo de um milhão. Questionada nas redes sociais, ela respondeu: “Quando Jesus fazia seus trabalhos de marcenaria, ele certamente tinha um preço correto e bem cobrado como todo judeu”.

Bianca diz que não pode tirar proveito financeiro de sua história. Deus teria dito que seu “ministério seria puro como o ventre de uma virgem.” Até o final desse semestre, Bianca está com a agenda lotada no Brasil e no exterior.

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