China corta energia de igrejas que recusaram instalar câmeras de vigilância

Os cristãos alegam que as câmeras de vigilância são usadas para monitorar as atividades religiosas e por isso recusam a instalação.

Fonte: Guiame, com informações da China AidAtualizado: segunda-feira, 29 de maio de 2017 às 18:05
O governo declarou que a igreja não poderia mais fazer uso do edifício até que as questões fossem resolvidas. (Foto: China Aid).
O governo declarou que a igreja não poderia mais fazer uso do edifício até que as questões fossem resolvidas. (Foto: China Aid).

Em meio a uma grande tensão religiosa que tem pesado sobre a China e crescido com o tempo, autoridades da província de Zhejiang, na costa do país, cortaram o fornecimento de energia elétrica de duas igrejas depois que elas se recusaram a cumprir as ordens de instalar câmeras de vigilância.

O governo chinês está impondo às igrejas cristãs que elas devem instalar câmeras de vigilância para que haja um monitoramento dos cultos pelas entidades estatais. O departamento de segurança contra incêndio em Wenzhou (Zhejiang), emitiu um aviso à Igreja Gesancun no dia 24 de maio, alegando que a congregação que tem cerca de 500 membros está muito lotada.

O aviso afirma que a lotação da igreja coloca os membros em risco e disse que se preocupa com possíveis incêndios. Como resultado, o governo cortou temporariamente o suprimento de água e energia e exigiu que a igreja corrigisse o problema mencionado (lotação) ou teria de enfrentar uma intervenção forçada.

O governo declarou que a igreja não poderia mais fazer uso do edifício até que as questões fossem resolvidas. Segundo relatos, a fonte de energia de uma igreja nas proximidades e que não foi identificada também foi cortada.

Retaliação

Apesar da alegação do governo, de cortar o fornecimento de energia por razões de segurança, os cristãos suspeitam que isso é uma retaliação contra as igrejas por não cumprirem os esforços para instalar câmeras de vigilância em uma campanha que está acontecendo na província.

Oficialmente, as autoridades alegam que as câmeras irão melhorar a segurança da igreja, mas também facilitará o monitoramento das atividades religiosas. Na vizinhança, essas igrejas permanecem como as únicas sem as câmeras.

Embora a Igreja Gesancun se recuse a sucumbir a esta pressão e tenha comprado um tanque de diesel para continuar a realizar os cultos regulares, um dos participantes disse: "Estamos tentando o nosso melhor para evitar a instalação das câmeras, mas a igreja é muito fraca para lutar contra o governo. Não podemos fazer nada se o governo decidir tomar medidas violentas", concluiu.

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