Coordenação de campanha contra a legalização da maconha "comemora" polêmica

Segundo idealizadores da campanha "Vote por um Brasil Sem Drogas", a tentativa de banalizar a proposta a tornou ainda mais conhecida.

Fonte: GuiameAtualizado: quinta-feira, 11 de setembro de 2014 às 19:55
Coordenação de campanha contra a legalização da maconha "comemora" polêmica
Coordenação de campanha contra a legalização da maconha "comemora" polêmica

Coordenação de campanha contra a legalização da maconha "comemora" polêmicaQuando o Movida (Movimento Pela Vida) e o Movimento Brasil Sem Drogas lançaram sua campanha contra a legalização da maconha no Ceará, tinha como intenção, alertar as pessoas para os malefícios do uso do entorpecente. Porém a abordagem tornou-se um "meme" nas mídias sociais, sendo comentada por internautas de todas as partes do Brasil e chegando a ser noticiada em grandes veículos de comunicação.

A reviravolta na campanha "Vote por um Brasil Sem Drogas" começou quando a psicóloga cristã paranaense e candidata a deputada federal Marisa Lobo (PSC) compartilhou uma peça da inciativa em seu perfil oficial do Facebook.

A psicóloga é conhecida por seu combate à legalização da maconha e de outras drogas, minisrea e elogiou a atitude de ambos os grupos que agem em parceria nesta campanha.

Internautas a favor da legalização começaram a satirizar a campanha, comentando as abordagens dos anúncios.

Uma das abordagens da campanha questionava: "Você teria coragem de ser operado por um médico que acabou de fumar um baseado?".

Em uma nota oficial publicada recentemente em sua página oficial do Facebook, o Movimento Brasil Sem Drogas destacou que "não teve a intenção de ofender nenhuma classe específica e sim, de maneira exemplificativa, citar os riscos em potencial do uso da maconha e de uma eventual legalização do entorpecente no dia a dia da sociedade".

A nota também esclareceu que o Movimento "tem caráter suprapartidário e suprareligioso e vem debatendo a legalização da maconha sob o ponto de vista científico, social e humano".

Os informes da campanha têm sido divulgados com dados estatísticos e estudos de psiquiatras e cientistas renomados no Brasil e no mundo, como o Dr. Kevin Sabet - Sociólogo, Professor, Conselheiro Sênior do Instituto de Pesquisa de Crimes e Justiça da ONU.

"Males que vêm para o bem"
Procurada pela redação do Portal Guiame, Juliana Soares - voluntária do Movida e uma das coordenadoras do Movimento Brasil Sem Drogas - assumiu que, apesar da preocupação inicial com as tentativas de banalização da campanha, toda esta projeção tem dados bons frutos e ajudado a cumprir os objetivos de seus idealizadores.

"A intenção era fazer com que as pessoas refletissem sobre os malefícios do uso da maconha", disse ela.

Segundo Juliana, parece que tantos comentários a respeito da proposta do Movimento - ainda que negativos e irônicos - têm contribuído positivamente, de alguma forma.

"Se não tivesse havido esta chacota, não ganharia tanta projeção. As pessoas estão chegando para perguntar sobre a nossa campanha. Se não fosse essa tentativa de banalizar a campanha, muitas pessoas não ficariam sabendo sobre. A polêmica surtiu um efeito extremamente positivo", comentou.

Estatísticas
Segundo pesquisa divulgada recentemente pelo Ibope e já noticiada aqui no Portal Guiame, 79% dos eleitores (cristãos ou não) são contra a legalização da maconha, enquanto 17% são a favor e 4% não souberam responder ou não tinham opinião formada sobre o assunto.

Para saber mais sobre o Movimento, acesse Facebook.com/movimentobrasilsemdrogas .

Por João Neto - www.guiame.com.br

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