Cristão é preso como "criminoso" por vender livros evangelísticos, na China

O juiz decidiu que Li Hongmin cometeu um "crime grave" por imprimir livros evangélicos. Ele foi condenado a multas e dez meses de prisão.

Fonte: Guiame, com informações do China AidAtualizado: terça-feira, 4 de abril de 2017 às 19:48
Xu Lei, a esposa de Li Hongmin está sendo forçada a sair de seu apartamento. (Foto: China Aid).
Xu Lei, a esposa de Li Hongmin está sendo forçada a sair de seu apartamento. (Foto: China Aid).

Um tribunal da província de Guangdong, na China, condenou um cristão que imprimiu livros evangélicos com dez meses de prisão, além de dar uma multa. No dia 27 de março, o juiz que presidiu o caso do homem que foi identificado como um “terrível criminoso” proclamou que ele havia cometido um "grave crime", mas pronunciou uma sentença de 10 meses e uma multa de 10.000 Yuan (cerca de R$ 4.541) como punição.

Segundo o juiz, a sentença foi reduzida porque Li Hongmin "confessou" seu crime e sua esposa apresentou um documento escrito descrevendo a dura condição financeira da família. A sentença deve ser contada retroativamente, pois Li está sob custódia policial desde o dia 2 de junho de 2016.

Apesar da alegação do tribunal de que Li era penitente, sua esposa, Xu Lei tem mantido a inocência de seu marido durante todo seu encarceramento, mesmo viajando para Pequim antes de sua condenação para peticionar autoridades superiores. No entanto, um governo local em Honghu, Hubei, onde Li está registrado como residente permanente, enviou agentes para interceptá-la e convencê-la a voltar para casa, dizendo que o caso seria investigado.

Além disso, prisioneiros chineses detidos arbitrariamente são muitas vezes coagidos a admitir suas acusações, anulando a validade de suas confissões. Liu Peifu, o advogado de Li, disse que a sentença atingiu suas expectativas e que seu cliente não planeja recorrer, já que ele sairá em breve.

Entenda o caso

No ano passado, Li foi levado sob custódia policial quando as autoridades invadiram sua residência e sua instalação de impressão e descobriu 110 mil cópias de literatura cristã, que Li havia produzido. Eles o acusaram de "operações comerciais ilegais". O tribunal realizou duas audiências para tratar de seu caso, um no dia 17 de outubro e outro no dia 5 de janeiro, onde as autoridades fizeram mais perguntas sobre a igreja que Li freqüenta, a Igreja Guangfu que é bastante perseguida.

Xu também está sendo forçada a sair de seu apartamento. A China Aid relata abusos como aqueles sofridos por Li e sua família, a fim de permanecer em solidariedade com os cristãos perseguidos e promover a liberdade religiosa, direitos humanos e Estado de Direito.

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