Em Fortaleza (CE) a deputada Dra. Silvana (PMDB) defendeu mais uma vez, na última terça-feira (3), a retirada dos termos “LGBT”, “gênero” e “diversidade” do Plano Estadual de Educação do Ceará. O projeto deve ser votado ainda nesta semana pela Assembleia Legislativa. Entre os pontos alegados pela parlamentar, está o combate à discriminação em escolas.
Ela, que também é pastora, apresentou diversas emendas retirando os termos da proposta. “Somos uma sociedade cristã por maioria e estamos em um estado laico. Logo, não podemos doutrinar as nossas crianças na sala de aula”, disse.
De acordo com publicação do Jornal O POVO, o plano pode ser votado ainda nesta semana na Assembleia, pelo fato da Casa ter aprovado na semana passada o regime de urgência para a medida. Além disso, o Governo justifica que, sem a medida, as escolas podem perder recursos de convênios. Já Carlos Matos (PSDB) afirmou que trechos buscam implantar ideologia do “marxismo” no Brasil.
Já o deputado Ely Aguiar (PSDC) ressaltou que fez emenda solicitando que a “ideologia de gênero” não seja abordada para alunos menores de 12 anos. “Esse PT é um partido das trevas, querendo levar para as crianças ideias anormais. O líder do Governo na Casa deve liberar a bancada”, disse.
Entenda “o plano”
Segundo Lucas Fernandes, coordenador da Comissão Estadual Representativa da Sociedade Civil para Elaboração do Plano Estadual de Educação do Ceará, o projeto tem validade de 10 anos para cumprir todas as metas. O documento foi discutido ao longo de 2015 com a participação direta de cerca de 1.500 a 2.000 pessoas em sete regiões do estado.
"Se compararmos o Ceará com o Brasil, temos algumas metas inclusive mais ousadas do que o Plano Nacional de Educação. Isso tem a ver também com o Ceará ter melhorado mais que o Brasil nos últimos anos em diversos indicadores", afirma o coordenador.
Com mais de 20 metas para melhorar índices da educação no Ceará, o PEE traz em sua meta mais polêmica, a de número 8, que trata da elevação da escolaridade média de alunos, destacando ações para setores marginalizados ou vítimas de preconceito. Entre eles, estão os alunos LGBT.
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