"Dia a dia minha ferida é curada", diz cristão que foi torturado em prisão do Irã

Além de ser preso, Morad passou por um processo de torturas que resultou em traumas que ainda estão sendo curados por Deus.

Fonte: Guiame, com informações do Portas AbertasAtualizado: segunda-feira, 12 de novembro de 2018 às 14:44
Mesmo depois de ter sido libertado, Morad ainda precisa lidar com os traumas causados pelas torturas e tem sido curado por Deus. (Foto: Reprodução).
Mesmo depois de ter sido libertado, Morad ainda precisa lidar com os traumas causados pelas torturas e tem sido curado por Deus. (Foto: Reprodução).

Quando um cristão é preso, além dele lutar contra a falta de liberdade, ele ainda corre o risco de não conseguir resolver seus traumas causados por torturas. Dezenas de cristãos são presos por sua fé nas famosas prisões iranianas, por exemplo.

Além de serem pressionados a renunciar a fé, eles têm que suportar torturas físicas e emocionais. Enquanto muitos testificam sobre a presença de Deus na prisão, o outro lado da moeda é que as horríveis memórias da prisão continuam os perseguindo, mesmo depois de terem sido libertados.

Morad é um cristão que se encontra nesta circunstância. Ele é um antigo professor de igreja doméstica, que agora aconselha cristãos iranianos na Turquia. Ele participou de uma série de aconselhamentos pós-trauma da Portas Abertas.

No treinamento ele conta ter aprendido a criar um espaço seguro para si. “O treinamento foi um bom começo para meu processo de cura. Dia a dia minha ferida é curada”. Após ser preso, o estresse das memórias provocou tontura em Morad. Depois de um tempo isso desapareceu, mas volta quando ele começa a aconselhar cristãos na Turquia.

“Enquanto estou aconselhando pessoas, elas às vezes me arrastam para seus problemas. Agora eu tenho aprendido a manter certa distância. Criar este espaço tem me ajudado a permanecer saudável nos últimos meses, enquanto continuo aconselhando. Apesar das muitas emoções, eu permaneci física e mentalmente saudável.”, pontua.

Deus se importa

Quando Morad compartilha, hoje em dia, que foi preso e torturado, ele lembra de uma aula que o próprio Deus o ensinou enquanto ainda estava lá: “Fique quieto, eu estou perto de você”. Ele conta tentar aplicar essa lição ainda hoje em sua vida.

“Eu não quero mais falar apenas para receber reconhecimento das outras pessoas. Eu não quero que os outros me vejam como uma pessoa importante por causa do tempo na prisão pela minha fé. Eu não sou mais do que qualquer outro cristão: eu preciso de Deus como todos nós precisamos. E eu preciso dele agora também. Então eu tento focar nele primeiro”, finalizou. Morad teve seu nome real ocultado por questões de segurança.

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