Em Fortaleza, Marina Silva responde a acusações do PT: "Daremos a outra face"

Fonte: GuiameAtualizado: sábado, 13 de setembro de 2014 às 15:13
Em Fortaleza, Marina Silva responde a acusações do PT: "Daremos a outra face"
Em Fortaleza, Marina Silva responde a acusações do PT: "Daremos a outra face"

Em Fortaleza, Marina Silva responde a acusações do PT: "Daremos a outra face"Na noite da última sexta-feira, 12/09, Marina Silva (PSB) cumpriu agenda em Fortaleza (CE). Após um comício na Praça do Ferreira (região central da capital cearense), a presidenciável teve um momento com empresários e investidores na FIEC.

Acompanhada do vice em sua chapa, Beto Albuquerque, Marina foi recebida por representantes de seu partido no Ceará, como o presidente Sérgio Novais, a candidata ao governo do Estado, Eliane Novais e a candidata ao senado, Geovana Cartaxo.

Tendo o direito da palavra antes de Marina, Beto Albuquerque rebateu acusações de que o PSB apoia a autonomia do Banco Central para apoiar banqueiros.

"Um Banco Central independente tem autonomia para defender o parque industrial brasileiro, os investimentos e acima de tudo, cumprir tarefas. Esta autonomia não seria para o Banco Central fazer o que quer, quando quer. Quem fixa as metas do Banco Central é o governo", disse. 

Já em seu discurso, Marina Silva disse que a candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT) ainda não apresentou um plano de governo por razões que devem ser avaliadas.

"Dilma Rousseff ainda não apresentou um programa de governo. Disse que o seu programa é 'continuar o que já está fazendo'. [...] Ela quer continuar fazendo o mesmo com as agências que deveriam servir a sociedade. [...] A indicação dos seus diretores continuará do mesmo jeito: servindo para defender interesses particulares. Dizer que nao vai apresentar um programa, talvez não seja porque ela não queira, mas porque ela não pode. Ela não pode dizer para o Renan que não será ele quem mandará na Petrobrás. Ela não tem como dizer para as diretorias das agências que terão critérios técnicos para suas indicações", destacou.

Bolsa Família
Falando sobre programas sociais atualmente existentes no Brasil, Marina elogiou a iniciativa do Bolsa Família e disse que não pretende acabar com esse, nem outros programas sociais. Porém disse que os programas precisam de complementos.

"Vamos preservar o Bolsa Família. Quem passou o que eu passei... que sentiu no corpo, na carne e na alma o que significa a fome, jamais acabará com a transferência de renda que faz a diferença na vida de uma mãe, na vida dos filhos. Isso é uma conquista na vida dos brasileiros. O 'Minha Casa, Minha Vida', o 'Mais Médicos'... todos esses programas. Mas vamos complementa-los, inclusive com educação de qualidade, para que as filhas do Bolsa Família não virem novas mães do Bolsa Família", explicou.

Ao comentar acusações feitas pelo PT de que ela estaria difamando injustamente o partido, Marina destacou que esta não será a sua atitude e está "pronta a dar a outra face".

"A presidente Dilma é a nossa primeira mulher eleita em 500 anos da nossa história. É uma conquista da sociedade brasileira. Fique tranquila, presidente Dilma. Eu não vou fazer com a senhora o que a senhora está fazendo comigo. Eu aprendi com a minha vó nordestina que não se deve mentir. Que não se deve apunhalhar pelas costas. Que não se deve cuspir no prato que nos alimentou. Isto eu não vou tirar de mim. Não vou usar as mesmas armas. Estamos prontos para oferecer a outra face. Para a face da mentira, a verdade; para a face do medo, a coragem; para a face da desesperança, a esperança que marcha", declarou.

Reeleição
Falando sobre a possibilidade de reeleição, Marina disse que não pretende ficar mais de quatro anos como presidente, caso seja eleita. Em seu discurso, a candidata apoiou a alternância de poder.

"Eu não vou buscar a reeleição. Uma mulher que chegou ao mundo pelas mãos da minha vó, parteira tradicional, chegar à presidênciacp da República Federativa do Brasil por quatro anos, é para implementar uma agenda, acabar com a política de curto prazo, usada para alongar o prazo dos políticos. Iniciar o processo da política de longo prazo no nosso curto prazo político. Na democracia, é preciso que tenhamos a alternância do poder", afirmou.

Por João Neto - www.guiame.com.br

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